Redação (14/01/2009)- Em meio à batalha para renegociar preços com importadores que pressionam por descontos, a Associação Brasileira de Exportadores de Frango (Abef) descartou o prolongamento do corte de 20% na produção, programado até março. O presidente da Abef, Francisco Turra, disse ontem, na Capital, que há indicativo de reaquecimento nos próximos meses. Para adequar o abate à queda dos embarques, empresas adotaram eliminação de turnos, férias coletivas e demissões. No Estado, 1,2 mil postos de trabalho foram fechados até agora. "Este é um momento de cautela, de muito cuidado. As demissões são pontuais, mas dizer que não haverá desemprego, neste momento, seria enganoso."
Segundo Turra, a expectativa de melhora nos próximos meses considera o ingresso do produto brasileiro na China e no México. A abertura de novos mercados e a expansão em países menos representativos como Gana são as apostas para projetar avanço de 5% em volume exportado em 2009. Também é necessário compensar o recuo em tradicionais mercados.
Maior exportador mundial de carne de frango, o Brasil enfrenta dificuldades em negociar preços especialmente com Venezuela, Rússia e Oriente Médio, economias fortemente atreladas ao preço do petróleo, que despencou desde outubro. Apesar do desempenho recorde em 2008, a crise causou impacto nos embarques no ano passado.
Corte de 20% nas indústrias avícolas vai até março
Segundo Turra, a expectativa de melhora nos próximos meses considera o ingresso do produto brasileiro na China e no México.