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Desafios na Produção de galinhas poedeiras e estratégias de mitigação

Desafios na Produção de galinhas poedeiras e estratégias de mitigação

Um estudo recente, publicado no Journal of Agronomy, Technology and Engineering Management, examina os problemas causados pelas micotoxinas tricotecenos na produção de galinhas poedeiras, com ênfase nos efeitos toxicológicos da toxina T-2, derivada de fungos Fusarium. Ao compreender a ação dessas toxinas e aplicar medidas de mitigação adequadas, produtores podem garantir a segurança e o bem-estar das aves, além de manter a qualidade dos ovos.

Efeitos Toxicológicos da Toxina T-2

As micotoxinas tricotecenos, principalmente a T-2, são extremamente estáveis e resistem ao processamento e alterações de pH. Essa toxina inibe a síntese de proteínas e causa estresse oxidativo e inflamação, resultando em danos aos tecidos. Galinhas poedeiras expostas à toxina T-2 enfrentam redução na produção de ovos, deterioração da qualidade dos mesmos e maior vulnerabilidade a doenças infecciosas como coccidiose e doença de Newcastle.

Impacto na Saúde Intestinal e no Sistema Imunológico

Doses altas de T-2 podem levar a distúrbios gastrointestinais severos, enquanto exposições crônicas a baixas doses resultam em imunossupressão, aumentando a suscetibilidade das aves a infecções. A supressão do sistema imunológico compromete a recuperação de doenças, gerando perdas econômicas e prejudicando o bem-estar animal.

Consequências na Qualidade dos Ovos

A toxina T-2 também afeta a qualidade dos ovos, comprometendo a casca, a cor da gema e a consistência da clara. O acúmulo da toxina nos ovários e ovidutos das aves pode contaminar os ovos, reduzindo sua espessura, aumentando a fragilidade e permitindo contaminação microbiana, o que prejudica a aceitação no mercado.

Estratégias de Mitigação

Para mitigar os efeitos da T-2, é necessário aplicar uma abordagem ampla, combinando boas práticas agrícolas, monitoramento e detoxificação de alimentos. Programas de monitoramento e testes ajudam a identificar lotes contaminados, enquanto o manejo adequado de armazenamento evita o desenvolvimento de micotoxinas.

Além disso, o uso de ligantes químicos e adsorventes, como argilas e carvão ativado, pode reduzir a absorção de toxinas pelas aves. A suplementação nutricional com antioxidantes e betaglucanos melhora a saúde intestinal e a resiliência à exposição de micotoxinas. Estratégias de biossegurança, por sua vez, são essenciais para prevenir a propagação dessas toxinas nas instalações.

A implementação eficaz dessas estratégias protege a saúde das galinhas e a qualidade dos ovos, garantindo a segurança alimentar e evitando prejuízos econômicos.

Referência: Poultry world – tradução do artigo