Depois de um 2009 marcado por dólar desvalorizado, crise econômica, interrupção de investimentos e retração de receita com exportações, a avicultura terá o desafio de compensar os prejuízos e ampliar mercados para crescer em 2010. O presidente da Abef, Francisco Turra, projeta que as exportações possam crescer até 5% no próximo ano, porém, esse percentual dependerá da variação da moeda Norte-americana frente ao dólar. “Se continuar como está, as exportações devem cair 5%”, observa o dirigente. O secretário executivo da Asgav, Eduardo Santos, aposta na recuperação do dólar para virar o jogo. Assim como Turra, Santos projeta crescimento em 2,5% e 5% na produção.
Além do dólar, o protecionismo dos mercados, especialmente da União Europeia, pode ser o entrave à meta. A expectativa de aumento de exigências para reduzir a entrada de frango brasileiro nos países do bloco levou a Abef a preparar uma apresentação para levar o caso à OMC se as ameaças se confirmarem. A busca por novos e promissores mercados, como Índia e México, deve ser a saída. “Precisamos do apoio do governo para abrir esses mercados e reduzir as taxas”, salienta Turra. Paquistão, Nigéria, Indonésia e Malásia também são destinos onde as negociações estão avançadas.
Neste cenário em busca de ampliação, Santos acrescenta que o governo estadual também deveria contribuir para o crescimento do segmento com incentivos fiscais, isonomia tributária entre os estados e investimentos em defesa sanitária animal.
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