Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Revista

2024 será de reequilíbrio de preços nas commodities

2024 será de reequilíbrio de preços nas commodities

O mercado de commodities passou por situações extremas nos últimos três anos. Uma pandemia inédita para esta geração, uma guerra envolvendo o maior exportador mundial de trigo, uma crise global no sistema de distribuição e distorções graves do ponto de vista econômico como juros muito baixos e elevada liquidez. Os Bancos Centrais trabalharam neste ambiente para inibir uma depressão mundial, em meio a pandemia, mas também para trazer uma recomposição suave para a normalidade. 2024 refletirá este ano de reequilíbrio das atividades econômicas pós-crise e reposicionamento de alguns ativos e commodities para seus novos pontos de convergência. O milho e o farelo de soja apresentaram preços bastante altos neste ciclo, para patamares das máximas históricas. Com a recomposição dos quadros internacionais e no Brasil, estas duas commodities tendem a procurar uma média de equilíbrio em 2024, ou seja, fugindo aos extremos e encontrando  um ponto que demonstre os novos patamares médios para preços. 

O quadro da pandemia trouxe um ambiente global com fortes distorções. Seja pelo lado econômico, com juros e liquidez, seja pelo lado dos preços globais das commodities, o impacto foi relevante e histórico. Devido às dificuldades no segmento de distribuição einsumos agrícolas, as commodities, em geral, apresentaram dificuldades em atender os mercados de consumo. Este fato acelerou o movimento de preços regionais diante das paralisações de transporte. O agronegócio não parou e por isso o quadro foi menos traumático. Mesmo assim, o ambiente pandêmico se uniu ao surgimento de uma guerra no Mar Negro, envolvendo dois grandes exportadores de commodities, ou seja, a Rússia e a Ucrânia. A maior preocupação esteve com a Rússia, tendo em vista que os embargos econômicos geraram um ambiente especulativo para o petróleo, gás e trigo, produtos de maior volume de exportação. A Rússia é o maior exportador mundial de trigo e a situação fez com que o produto  atingisse preços recordes no mercado internacional, levando consigo os preços do milho e da soja. A alta do petróleo acelerou o ambiente para o etanol e biodiesel.

Leia mais.