Nesta quarta-feira (4), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um leão-marinho-da-patagônia (Otaria flavescens), também conhecido como leão-marinho-do-sul, encontrado na praia do Cassino, no município de Rio Grande, litoral do Rio Grande do Sul.
Este é o primeiro registro da doença em mamíferos marinhos no Brasil. Casos em mamíferos desta mesma espécie já foram relatados no Peru, Chile, Argentina e Uruguai.
A investigação e a coleta de amostras foram realizadas em colaboração com o Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Rio Grande. As amostras foram processadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Campinas (LFDA-SP), referência na América do Sul para o diagnóstico do vírus. O laboratório confirmou que se trata do H5N1, um vírus de alta patogenicidade da influenza aviária que já foi detectado em várias espécies de aves silvestres no país.
Leão-marinho-da-patagônia
O leão-marinho-da-patagônia, também conhecido como leão-marinho-do-sul (Otaria flavescens), é uma espécie de mamífero marinho pertencente à família dos otariídeos. São encontrados principalmente nas costas da América do Sul, incluindo áreas costeiras do Brasil, como o litoral do Rio Grande do Sul, onde foi registrado o primeiro caso da influenza aviária em mamíferos marinhos no país.
Embora as infecções humanas com o vírus da influenza aviária sejam raras, o Mapa solicita à população que evite se aproximar das áreas onde os casos foram registrados e que não toque em animais doentes ou mortos para prevenir a disseminação da doença. O Brasil mantém seu status de livre da doença porque nenhuma produção comercial foi afetada até o momento.