Uma nova cepa de Chlorella S-2019, desenvolvida por cientistas da Universidade Estadual de Penza, na Rússia, apresenta-se como uma alternativa promissora aos antibióticos em rações, com potencial para reduzir significativamente os custos de produção. A cepa, classificada como um aditivo fitobiótico, é estimada em ser até 20 vezes mais econômica do que os antibióticos sintéticos comumente utilizados.
Marina Makartseva, uma das autoras do estudo, explicou que atualmente as granjas avícolas dependem de antibióticos, medicamentos hormonais e estimulantes de crescimento para evitar perdas econômicas devido a doenças infecciosas entre as aves. No entanto, a cepa C-2019 se destaca pelo seu alto teor de flavonoides, que possuem propriedades antibacterianas eficazes.
Os cientistas de Penza detalharam o processo de produção da Chlorella S-2019. A microalga é cultivada em um ambiente controlado, depois seca a 40°C e moída em um homogeneizador para obter um pó homogêneo. Esse pó é então misturado com álcool etílico a 95% em uma proporção de 1:30 e infundido em banho-maria por três horas. Após o processo de extração, o produto final é filtrado e pronto para uso.
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O aditivo pode ser administrado por meio da água ou diretamente na ração. Diferente dos antibióticos, que precisam ser retirados da dieta 14 dias antes do abate, o fitobiótico pode ser utilizado durante todo o ciclo de vida do animal.
Além de sua ação antibacteriana, o aditivo serve como fonte de macro e microelementos essenciais para a melhora da conversão alimentar, podendo prevenir deficiências vitamínicas. O custo estimado do produto varia entre RUB 300 (€ 3) e RUB 350 (€ 3,5) por 30 ml/l, abaixo dos RUB 6.000 (€ 60) que podem ser cobrados pelos antibióticos.
A universidade está em negociações para iniciar testes de campo em diversas fazendas na região de Penza e já considera a exportação do produto para países como China, Índia e nações africanas.
