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O Inverno está chegando, é hora de rever seu programa vacinal! - por Eva Hunka

Muitas vezes o programa vacinal utilizado no Verão não é suficiente para segurar os desafios do Inverno

O Inverno está chegando, é hora de rever seu programa vacinal! - por Eva Hunka

"Todo programa vacinal dever ser adequado á realidade de cada região ou produtor"A cada três meses começa uma nova estação do ano, estes períodos são definidos de maneira Astronômica e começam por volta do dia 21 dos meses de Março (Outono), Junho (Inverno), Setembro (Primavera) e Dezembro (Verão). Estas estações se caracterizam pela variação da luz solar que atinge a superfície da Terra de diferentes formas durante todo ano.

Em países tropicais, estas estações não são bem definas. No Brasil apenas na Região Sul, podemos observar estes fenômenos mais definidos, por estar situada em zona climática temperada.

Estamos bem no meio do outono, e nesta estação os dias ficam mais curtos e frescos, já anunciando a chegada do inverno com noites ainda mais longas. O Inverno brasileiro possui características bem distintas entre as regiões, sendo a época mais chuvosa para os Estados ao Norte e Nordeste, e mais seca para os do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Apesar destas diferenças, quando pensamos em produção avícola, os desafios do inverno são muito importantes para todas as regiões. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, nesta época do ano costuma ocorrer um diferença muito elevada entre as temperaturas máximas e mínimas, e no Norte e Nordeste, apesar de apresentarem temperaturas mais homogêneas, as chuvas, quando ocorrem, se concentram em 2 meses elevando muito o índice pluviométrico.

Em ambos os casos, temos um cenário ideal para o aparecimento dos problemas respiratórios, com agravamento dos sintomas clínicos, quer seja por infecções secundárias, quer seja por novos agentes que se aproveitam desta situação de estresse das aves para se multiplicar na granja.

Nestas condições, muitas vezes o programa vacinal utilizado no Verão não é suficiente para segurar os desafios do Inverno, e precisamos rever nossas premissas na hora de definir o novo esquema vacinal. Alguns agentes como o Pneumovirus Aviário, que muitas vezes não apresenta sintomas em frangos de corte, pode trazer prejuízos à produção de maneira silenciosa e comprometer o desempenhos dos lotes.

Já os agentes considerados oportunistas, como é o caso da Escherichia coli, se aproveitam do estresse e até mesmo do aparecimento dos sintomas respiratórios para se multiplicar e agravar ainda mais o quadro, aumentando a condenação no abatedouro e derrubando os resultados zootécnicos.

A adoção de um programa vacinal sazonal é muito indicada, principalmente em granjas que têm histórico de agravamento dos problemas respiratórios nesta época ano. Estes programas podem variar de acordo com a realidade de cada granja, que pode ser apenas um aumento no número de doses ou mudança de cepas, como é o caso da Bronquite, por exemplo, ou mesmo a introdução de novas vacinas, como a vacina viva contra E.coli, que ajuda a controlar os sintomas da colibacilose, causa frequente de condenações no abatedouro e de aumento no uso de agentes antimicrobianos, ou mesmo a vacinação contra Pneumovirus, que se mostra bastante eficaz, principalmente em regiões que possuem Granjas de Ovos Comerciais nas proximidades.

Adequar os programas vacinais, rotacionar cepas e introduzir novos agentes de forma estratégica, pode ajudar o produtor, porém todo programa vacinal dever ser adequado á realidade de cada região ou produtor. Além disso, a correta utilização do produto é que garante a eficiência. De nada adianta um programa vacinal elaborado estrategicamente se as vacinas não forem utilizadas da maneira correta, na dose exata e pela via adequada.

Para ter sucesso, consulte sempre seu fornecedor, discuta com ele quais as melhores alternativas e encontre o programa ideal para cada época do ano.