Em Foz do Iguaçu, a 53ª edição da Operação Ronda Agro foi realizada para enfrentar o contrabando de carnes na fronteira, resultando na apreensão de produtos tanto nacionais quanto contrabandeados da Argentina, considerados inadequados para o consumo humano.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em colaboração com a Polícia Federal (PF), conduziu mais uma ação do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira) no município paranaense de Foz do Iguaçu.
Durante a operação, dois estabelecimentos que comercializam produtos de origem animal e vegetal foram submetidos a fiscalização. Um desses estabelecimentos foi flagrado armazenando, manipulando e vendendo produtos de origem animal, como carnes bovina, de ovinos, caprinos, aves e camarão, provenientes de fontes desconhecidas. Esses produtos estavam embalados com rótulos falsos e não apresentavam informações obrigatórias, como datas de fabricação, validade e número do lote.
No mesmo local, também foi identificada uma fábrica de embutidos sem registro na Secretaria de Agricultura de Foz do Iguaçu e com o certificado sanitário vencido desde abril de 2023.
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Além de constatar a presença de produtos cárneos nacionais em condições precárias de armazenamento, sem registro e em desacordo com os padrões mínimos de qualidade, a operação revelou uma considerável quantidade de carne contrabandeada da Argentina, desprovida da documentação de importação, sendo manipulada e fracionada no estabelecimento.
No total, aproximadamente 1,8 toneladas de produtos cárneos irregulares foram apreendidas, resultando em um prejuízo de R$ 109 mil para o infrator. Os rótulos falsos utilizados nos produtos foram recolhidos pelos fiscais agropecuários.
O auditor fiscal federal agropecuário, Michael Lise, destaca que o comércio ilegal de produtos de origem animal não apenas representa uma concorrência desleal para os produtores e a agroindústria nacional, mas também pode introduzir doenças exóticas nos rebanhos brasileiros, representando um risco para a saúde da população. Esses produtos, por não atenderem às exigências sanitárias e de segurança alimentar na importação regular, devem ser destruídos conforme a legislação vigente. A 53ª Ronda Agro contou com o apoio da Receita Federal do Brasil, da Secretaria de Agricultura e da Vigilância Sanitária de Foz do Iguaçu.