O colesterol é uma gordura essencial para o bom funcionamento do organismo, desempenhando papéis cruciais em diversas funções corporais, incluindo a estrutura dos neurônios e a produção de vitaminas e hormônios. “O ovo é um ingrediente popular na culinária brasileira devido à sua versatilidade, acessibilidade e valor nutricional, tendo em vista que fica atrás somente do leite materno no quesito nutrição”, explica a Lucia Endriukaite, nutricionista do Instituto Ovos Brasil (IOB).
Mas por que ainda se ouve falar que o ovo causa colesterol?
Endriukaite pontua, em artigo divulgado pelo Instituto, que no começo dos anos 70, após a American Heart Association estabelecer um limite de 300 mg de ingestão de colesterol por dia, o ovo foi taxado injustamente como um alimento nocivo à saúde, uma vez que sozinho possui 180 mg de colesterol, excedendo facilmente essa taxa quando somada a outras fontes de colesterol, gorduras saturadas e gorduras trans que completam nossa alimentação diária.
Para contextualizar, o colesterol é definido como um álcool que circula no sangue associado a um ácido graxo ou gordura para chegar ao seu destino como membranas, sistema nervoso e afins. Entre suas funções no organismo estão a síntese de hormônios sexuais, vitamina D e secreção biliar. Além disso, o colesterol compõe as membranas celulares e tecido nervoso, por isso, é essencial para o bom funcionamento do organismo.
Sendo assim, tendo em vista a importância do colesterol para organismo e que sua presença é fundamental, a gema naturalmente é fonte de colesterol pelo fato de que a partir do ovo, pode se gerar um novo ser. Entretanto, é importante saber que 70% do colesterol que circula no organismo é produzido pelo fígado, justamente para dar conta de toda a demanda do corpo.
“A quantidade de colesterol de qualquer alimento, incluindo o ovo, não impacta diretamente no colesterol do sangue. Estudos científicos têm demonstrado que o consumo de ovos não aumenta as taxas de colesterol, destacando os benefícios nutricionais do ovo e incentivando hábitos saudáveis de consumo”, ressalta a nutricionista.