O poder de compra dos avicultores paulistas enfrenta desafios significativos neste mês, conforme apontam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A queda no poder de compra é atribuída às valorizações mais expressivas do farelo de soja em comparação com o frango vivo. Em contrapartida, o setor encontra sustentação diante do milho, um outro insumo crucial para a atividade.
De acordo com análises da Equipe de Proteína Animal do Cepea, os avanços nos preços do frango vivo estão principalmente ligados ao menor ritmo de produção nas agroindústrias ao longo deste mês. Os feriados registrados em novembro resultaram em uma diminuição nos dias úteis disponíveis para abate, impactando diretamente na oferta interna de carne e, consequentemente, contribuindo para o aumento nos preços.
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A disparidade entre os custos do farelo de soja, amplamente utilizado na alimentação das aves, e os preços do frango vivo, coloca os avicultores em uma posição desafiadora. O Cepea destaca que as valorizações mais intensas do farelo de soja exacerbaram essa situação, pressionando o poder de compra dos produtores.
Por outro lado, o milho, outro componente essencial na produção avícola, demonstra uma estabilidade relativa, o que contribui para a manutenção do poder de compra do avicultor. Agentes consultados pela Equipe de Proteína Animal do Cepea indicam que essa estabilidade é crucial para equilibrar as pressões inflacionárias enfrentadas pelo setor.
A dinâmica complexa entre os insumos e a produção de frango vivo ressalta a sensibilidade do mercado avícola a fatores externos, como feriados que impactam a produção. Os avicultores, neste cenário, enfrentam o desafio de ajustar suas estratégias de gestão diante das flutuações de preços e disponibilidade de insumos, buscando manter a viabilidade econômica da atividade em meio a um ambiente dinâmico e desafiador.
