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Potencial do avestruz atrai novos criadores

63a. Expogrande, que ocorre a partir de 7 de abril de 2001 em Campo Grande (MS), terá 1o. leilão de avestruz.

Redação AI (04/04/2001) – De olho no potencial de mercado do avestruz, em que se aproveita da carne às unhas, empresários sul-mato-grossenses começam a investir na formação de plantéis. Uma oportunidade é o primeiro leilão da ave, que ocorre sábado, na 63 Expogrande. No rastro de criadores de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, onde o negócio começa a se consolidar, a fazenda Dona Débora importou 200 exemplares da Euroavestruz S.L. Import, do grupo Lisabeth Avestruces de Espaa, que tem divulgado a ave pelo País.

Por enquanto a atividade é incipiente, mas a expectativa é de que em quatro ou cinco anos o Brasil já tenha volume suficiente para iniciar o abate do avestruz em escala – conforme especialistas, é necessário um plantel de 150 mil fêmeas. O quilo da carne, com características semelhantes ao filé mignon, pode chegar a R$ 60 no mercado interno. No exterior, é vendida a US$ 17.

Para iniciar a criação com 10 casais, por exemplo, o criador terá de desembolsar R$ 120 mil para a compra dos animais. `Em obras e estruturas são necessários mais R$ 10 mil. O custo de manejo anual fica em R$ 20 mil. Mas o retorno com 20 filhotes por casal ao ano significa um rendimento de pelo menos R$ 240 mil. Hoje é o mercado mais rentável`, diz Edgard Afonso, gerente comercial e de marketing da EuroAvestruz. Em 1999, foram importados duas mil aves, número que passou para 22 mil no ano passado.