Na quarta-feira, 16 de outubro, o preço da soja subiu nas principais praças de comercialização do Brasil, impulsionado pela valorização do dólar, que alcançou R$ 5,66, o maior nível em quase dois meses e meio. Apesar da queda de 1,11% nos preços da soja na Bolsa de Chicago, o dólar mais forte ajudou a sustentar as negociações internas, segundo Matheus Pereira, da Pátria Agronegócios.
Enquanto o mercado doméstico se fortaleceu, as safras no Brasil e nos Estados Unidos continuam avançando, exercendo pressão nos preços internacionais. Até o momento, apenas 9,1% da área de soja brasileira foi semeada, um atraso em comparação aos 19% registrados no mesmo período de 2023, conforme estimativas da MD Commodities.
O indicador do Cepea registrou R$ 142,03 por saca de 60 quilos na quarta-feira, uma alta de 1,2% em relação ao dia anterior. Outras regiões do Brasil também viram aumentos nos preços, como no Paraná, onde a saca alcançou R$ 139,27, e no Triângulo Mineiro, com R$ 134 por saca. Nos portos de Santos e Rio Grande, a soja foi cotada a R$ 140.
Apesar dos desafios, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revisou para cima a projeção de embarques de soja em outubro, estimando 4,34 milhões de toneladas. Mesmo assim, o volume deve ficar abaixo dos 5,95 milhões exportados no mesmo mês de 2023, mas o acumulado do ano deve superar 93 milhões de toneladas.