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TBT Agrimidia

#TBTAgrimidia: A Revolução do Urucum na Avicultura Brasileira

#TBTAgrimidia: A Revolução do Urucum na Avicultura Brasileira

Em março de 1981, a edição nº 855 da Revista Avicultura Industrial trouxe uma curiosa conexão entre índios e frangos: ambos são grandes fãs do urucum! Para os índios, o urucum é usado como pigmento para decoração e proteção solar. Já na avicultura, o urucum é fundamental para a produção de bixina, um pigmento natural que confere o tom amarelo à carne de frango e à gema dos ovos.

Esse produto nacional, comercializado como Cortegg, foi introduzido no mercado pela Proteindus, sob a liderança de Salvador Firace, presidente da Bolsa de Cereais paulista e do Sindicato Nacional das Indústrias de Rações. A ideia do Cortegg nasceu durante o Congresso Mundial de Avicultura em Kiev, em 1966, onde Firace observou a preferência dos consumidores europeus e russos por frangos amarelos e gemas mais avermelhadas.

Naquela época, a diminuição do uso de milho nas rações das aves na Europa levou à necessidade de um pigmento alternativo para manter a cor natural dos produtos avícolas. Enquanto no Brasil o milho representava 60% a 65% da ração, na Europa esse valor era muito menor, sendo substituído por outros cereais como cevada e centeio.

“O milho, além de ser um produto energético, tem o fator de carreamento de pigmento através da ZA xantina, que é um carotenóide”, afirma Firace. Assim, o Cortegg se tornou uma solução inovadora, atendendo à demanda do mercado por pigmentos naturais e mantendo a qualidade dos produtos avícolas brasileiros.

Essa edição histórica da Revista Avicultura Industrial destaca a importância da inovação e adaptação no setor, mostrando como a indústria avícola brasileira se posicionou como líder ao responder às exigências dos consumidores com soluções criativas e eficazes.