Para proteger granjas avícolas contra a doença da bolsa infeciosa (DII), produtores e veterinários dispõem de diversas ferramentas, incluindo vacinas de imunocomplexos e vacinas HVT-DII recombinantes, que podem ser alternadas em estratégias de rotação.
Vacinas de imunocomplexos: funcionamento e aplicação
As vacinas de imunocomplexos oferecem características específicas no manejo da DII. Elas consistem em vírus da DII revestidos por anticorpos, que precisam se degradar antes da liberação do vírus na ave. Esse processo desacelera a resposta imune em comparação com as vacinas vivas convencionais, mas reduz o impacto dos anticorpos maternos na neutralização do vírus da vacina.
Em situações de alta pressão de vírus de campo, essas vacinas são utilizadas para reduzir a replicação viral no ambiente, conhecido como “resfriar o galpão”, segundo Leticia Frizzo da Silva, DVM, PhD, cientista sênior da Zoetis. O uso repetido dessas vacinas pode repovoar o ambiente com vírus vacinal, diminuindo gradualmente a presença do vírus de campo.
Comparação entre vacinas vivas, imunocomplexos e vetoriais
As vacinas de imunocomplexos apresentam liberação gradual, evitando neutralização imediata pelos anticorpos maternos. Frizzo da Silva aponta um dos benefícios principais como a resposta imune ativa reduz o risco de neutralização precoce do vírus.
Fonte: Poultry World adaptado pela equipe Agrimidia