O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de proteína animal e, por essa razão, este setor do agronegócio ocupa papel de destaque na economia nacional (MAPA s/d). Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o país produziu em 2015, 25,8 milhões de toneladas de carne considerando a produção de bovinos, aves e suínos (MAPA, 2015). Considerando apenas a produção de suíno em 2015 tem-se o valor de 3,4 milhões de toneladas e a expectativa, segundo projeções do ministério, de que a produção cresça aproximadamente 3,0% ao ano na próxima década (COSTA et al., 2012). Ainda, segundo as mesmas projeções, para os próximos dez anos a carne suína passará para o segundo lugar em taxa de crescimento no consumo, superando a carne bovina (MAPA, 2015). A implementação de novas tecnologias nos sistemas de criação, o melhoramento genético do rebanho e o controle sanitário vêm colaborando para a consolidação do consumo da carne suína, seja industrializada ou in natura (SANTANA et al., 2009).
Deve-se observar que muitos fatores podem afetar a qualidade da carne e consequentemente seu consumo, especialmente aqueles que definem suas características intrínsecas como cor, maciez, sabor e valor nutricional, segurança, aparência e conveniência. Outros conjuntos de fatores estão relacionados com critérios éticos, particularmente aqueles relacionados ao bem-estar animal (BEA) e ambiental (KARACA et al., 2016).
Dentre diversos tipos de alterações, lesões e defeitos de carcaças observados durante o abate de suínos, as fraturas de coluna são uma preocupação em alguns estabelecimentos por não se tratar de uma causa única que a justifique e por representar um prejuízo na qualidade em uma parte nobre da carcaça, o lombo (VERMEULEN et al., 2015). Esse tipo de lesão pode ocorrer por traumatismo, deficiência nutricional, no momento da insensibilização, causadas pela intensa contração muscular, normalmente associada ao sistema de insensibilização elétrico de três eletrodos (WSPA, 2010). Outro fator que vem sendo associado negativamente à ocorrência de fratura é o tempo de descanso do animal no frigorífico. Essa associação tem sido justificada pelo aumento do estresse pré-abate sofrido pelo animal (TEIXEIRA e BOYLE, 2014; BORZUTA et al, 2007).
Com base no exposto acima, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a ocorrência de fraturas em coluna de suínos abatidos em um frigorífico de Uberlândia (MG) e identificar possíveis relações com o manejo pré-abate desses animais.
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