A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) recebeu com “indignação e repúdio” a “nota técnica” divulgada na sexta-feira pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) que veio acompanhada por um pedido de redução do percentual de mistura do biodiesel no diesel fóssil no país. A CNT pediu um corte pela metade na mistura, que neste mês subiu para 13%, sob alegação de que a medida abriria espaço para uma redução do custo do diesel.
Segundo a Aprobio, a CNT “aparenta desconhecer” a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que seria afetada pela redução da mistura de biodiesel no diesel. “A proposta da CNT é um atentado contra a segurança jurídica duramente conquistada desde o início do programa”, diz a Aprobio. Segundo a associação, a medida geraria desemprego e elevaria custos na cadeia produtiva de proteínas animais. A redução poderia respingar no ritmo de produção de farelo de soja, por exemplo, já que reduziria as margens de processamento da oleaginosa, principal matéria-prima para a produção de biodiesel no país.
“Os produtores realizaram enormes investimentos para ajudar o Brasil a ter segurança energética, reduzir emissões de gases de efeito estufa no setor de transporte, reduzir custos de produção e promover a eficiência industrial e logística. Todo este esforço traz desenvolvimento ao interior do país, que conta com 51 usinas autorizadas pela ANP que formam o parque industrial instalado”, diz a Aprobio. Conforme a entidade, o corte da mistura