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Avança plano do CTC para etanol celulósico

Negociações estão avançadas e a previsão é que uma planta deverá ser instalada em 2013.

Avança plano do CTC para etanol celulósico

O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) deverá instalar sua primeira unidade de produção de etanol celulósico em escala de demostração na usina São Manoel, localizada em município paulista de mesmo nome. Associada da Copersucar, a usina tem capacidade para processar 3,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

Segundo o CEO do CTC, Gustavo Leite, as negociações estão avançadas e a previsão é que a planta deverá ser instalada em 2013. Na unidade, serão investidos cerca de R$ 80 milhões nos próximos três anos, entre custos de implantação e gastos com insumos, conforme o executivo.

A planta de etanol de 2ª geração será acoplada à planta de etanol de 1ª geração já existente na São Manoel e terá capacidade instalada para produzir 3 milhões de litros do biocombustível por ano. A meta é que a unidade permaneça em fase de demonstração durante 12 a 18 meses. “Vamos trabalhar para atingir os resultados esperados no ‘piso’ desse intervalo”, afirma Leite. A intenção é que a produção em escala comercial comece na safra 2015/16.

Os recursos que serão investidos no projeto fazem parte das captações em curso pelo CTC. A empresa está em fase de contratação de R$ 300 milhões, sendo que 70% desse recurso virá de linhas de crédito voltadas à pesquisa na área agrícola da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Os outros 30% virão do Plano de Apoio à Inovação dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (PAISS), desenvolvido pela Finep e pelo BNDES.

“Nosso plano é levantar cerca de R$ 800 milhões para serem usados nos próximos três a quatro anos em pesquisas, já considerando os recursos do BNDES e da Finep. Parte desse recurso virá da venda da tecnologia do centro e dos aportes já feitos por acionistas. Estamos também buscando outras fontes”, diz Leite.

Em evento ontem em São Paulo, o executivo anunciou o lançamento de três variedades de cana-de-açúcar adaptadas ao solo e ao clima do Cerrado, região considerada nova fronteira agrícola da cana e que até então tinha disponíveis apenas variedades específicas para as condições climáticas e de solo da região Sudeste. Na média, as variedades lançadas, segundo Leite, prometem produtividade 18% a 30% acima das atualmente usadas no Cerrado.

O CTC também anunciou um novo programa de melhoramento genético da cana que deve significar a redução do tempo de desenvolvimento das variedades, de acordo com o executivo. “A partir de agora esse processo vai durar oito anos, quase a metade do tempo de desenvolvimento que vigorava anteriormente”, afirma o executivo.