Apesar de bastante divulgado, o uso do biodigestor em propriedades rurais tem pouca adesão. Acredita-se que muitos produtores preferem não arriscar por não terem certeza do retorno financeiro, afinal o investimento é alto. No entanto, Dr. Jorge de Lucas Junior, da Unesp de Jaboticabal, tem uma boa notícia: um projeto de biodigestor “se paga” entre três e quatro anos. “Se o produtor aplicar bem o recurso, o projeto se paga rápido e depois gera maior lucratividade para a propriedade”, afirma Junior. Ele ainda explica que o governo tem incentivado estes projetos, com financiamentos cedidos com baixas taxas de juros, o que facilita a implantação de biodigestores.
Biodigestor
O Biodigestor é um equipamento que permite – em um ambiente fechado – a reutilização de material organico na obtenção de outros subprodutos. No local fechado, este material é fermentado. Nessa fermentação é emitido um gás, o gás metano, que é um combustível fossil também conhecido como biogas. Sua aplicação pode resultar na geração de energia elétrica, térmica, ou seja, pode ser utilizado no aquecimento de água, de ambientes como granjas de suínos e de aves ou simplesmente gerar energia eletrica aplicada em inúmeras situações na propriedade rural.
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As matérias-primas mais utilizadas no Brasil para a geração de biogás são os dejetos de suínosebovinos [leite e corte]. “Na verdade é possível produzir de qualquer dejeto, desde humano e até agroindustriais. No entanto existem estudos em andamento para melhor aplicação”, diz Junior.
Além das vantagens econômicas, o doutor também acrescenta que existem vantagens ambientais com a implantação de biodigestores, “com diminuição de odores, moscas, etc. Além da vantagem da produção de fertilizantes e da vantagem eletrica”.
Jorge Lucas Junior ministrou uma palestra sobre o tema Biodigestores no estande da Sansuy no Show Rural Coopavel.
