Nas últimas décadas, o Brasil emergiu como um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo e agora avança em direção a um novo papel: liderar a produção de energia renovável. A recente aprovação do Projeto de Lei (PL) 528/2020, em setembro de 2024, representa uma oportunidade para o país se destacar no cenário global de combustíveis sustentáveis. O agronegócio, já responsável pela produção de etanol e biodiesel, é convocado a liderar a revolução com novas fontes de energia, como o diesel verde (HVO) e o combustível sustentável de aviação (SAF).
A nova legislação, que aguarda sanção presidencial, estabelece um marco regulatório para consolidar programas de mistura de biocombustíveis e criar metas ambiciosas para combustíveis do futuro. Especialistas apontam que essa medida traz segurança jurídica e impulsiona investimentos em cadeias produtivas sustentáveis. Além de fortalecer o setor agrícola, o projeto busca reduzir a dependência de combustíveis fósseis, favorecendo a segurança energética do Brasil.
O biodiesel e o etanol, já amplamente utilizados, devem ver um aumento gradual em suas porcentagens de mistura com combustíveis fósseis, com previsão de crescimento significativo até 2030. O biogás e o biometano também ganham destaque, com promessas de expansão na produção e utilização. Já o diesel verde e o SAF, em fases de testes, encontram no novo marco legal um ambiente favorável para o desenvolvimento, com grande potencial de impacto ambiental positivo e benefícios econômicos para o setor agropecuário.
Com essas iniciativas, o Brasil se posiciona como líder na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável, destacando-se no cenário global de biocombustíveis e energias renováveis.
Referência: CNA