O governo federal do Brasil tomou medidas para se tornar membro da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), órgão intergovernamental sediado nos Emirados Árabes Unidos que apoia a adoção e o uso sustentável de fontes renováveis ??de energia. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, anunciou a mudança durante a 8ª Assembléia Geral da IRENA, realizada em janeiro em Abu Dhabi.
Atualmente, a IRENA conta com 154 membros, compreendendo 153 países diferentes e a União Européia, enquanto 27 outros estados (agora incluindo o Brasil) estão buscando a adesão plena. Inicialmente focada na geração de energia solar e eólica em países desenvolvidos, a organização posteriormente expandiu sua atenção para o uso de energia hidrelétrica e biocombustível, buscando tornar-se a principal força motriz na transição global para o uso de energia renovável.
“A energia renovável não só ajudará a atender a demanda de energia do Brasil”, disse o diretor-geral da Irena, Adnan Z. Amin, em um comunicado oficial. “Ele também impulsionará o crescimento econômico e criará oportunidades de emprego.”
Amin afirmou que o Brasil é um pioneiro no campo da bioenergia, afirmando que é um dos principais países da América Latina em energia eólica e hidroelétrica e que o Brasil poderia desempenhar um papel fundamental na transformação global da geração de energia que está em andamento.
De fato, o Brasil recebe atualmente impressionantes 76% de sua energia a partir de fontes renováveis, de acordo com os dados mais recentes da IRENA. A energia hidrelétrica lidera com 97,6 gigawatts (GW), enquanto o setor de energia eólica brasileiro está crescendo rapidamente – atualmente o país produz 11 GW de energia eólica, e pretende aumentar essa capacidade para 24 GW até 2024. É o quinto mais rápido mercado de energia eólica crescente no mundo.
Além disso, a IRENA se comprometeu a contribuir para a Plataforma Biofuture, um incentivo criado pelo Brasil com outros 19 países signatários para acelerar o desenvolvimento e a implantação de biocombustíveis avançados em uma ampla gama de setores. A plataforma foi lançada em 2016 e, como seu fundador, o governo brasileiro ocupa a posição de secretaria e facilitadora.
Em novembro, o Brasil tornou-se um país de associação da Agência Internacional de Energia (AIE), comprometendo-se a trabalhar em conjunto com a AIE em questões cruciais como segurança energética, dados e estatísticas e soluções de políticas energéticas. Falando em novembro, o ministro Fernando Coelho afirmou que o governo está “dando outro passo importante para colocar o Brasil no centro do debate global sobre questões políticas incluindo energia renovável, eficiência energética, uso racional de combustíveis fósseis, segurança energética e desenvolvimento sustentável. “