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Biocombustível

Etanol como alternativa de solvente para biodiesel

Devido ao benefício ambiental, a produção de biodiesel é algo que desperta muito interesse.

Etanol como alternativa de solvente para biodiesel

Devido ao benefício ambiental, a produção de biodiesel é algo que desperta muito interesse. No entanto, muitas pesquisas são realizadas para garantir sempre melhores resultados em todas as fases de produção. O processo mais utilizado para obter o biodiesel, é a transesterificação, em que ocorre uma reação química entre álcool (metanol ou etanol) e óleo vegetal, sendo este normalmente refinado ou em fase de reuso depois de fritura.

Para tanto, o grupo formado por Naiane Sangaletti, doutoranda, e Samuel Schievano Groppo, graduando no curso de Engenharia Agronômica, orientados por Marisa Aparecida Bismara Regitano-d’Arce do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN) e Thais Maria Ferreira de Souza Vieira (LAN), desenvolveu pesquisa sobre transesterificação direta de miscela de óleo de soja para produção de biodiesel, que resultou em um painel exibido na 20ª edição do Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (Siicusp), entre 22 e 26 de outubro de 2012, no Campus da USP, em Pirassununga. 

A pesquisa teve como objetivo comprovar as vantagens de utilizar o etanol na cadeia produtiva de soja, como substituto do hexano na extração de óleo e aceptor de acila na produção de biodiesel. Diferentemente do hexano e do metanol, que trazem a desvantagem de serem tóxicos, não serem renováveis e com os custos dependentes do petróleo, a miscela rica, resultante da extração do óleo com etanol, é diretamente transesterificada, sem passar por etapas de refino, que torna a produção do biodiesel ambientalmente mais vantajosa no Brasil.

As condições de transesterificação da miscela rica em óleo foram estudadas por meio de planejamento experimental fatorial completo e análise de regressão, com ajustes de modelo matemático. As superfícies de resposta indicaram que a variável da temperatura apresentou baixa influência quando comparada às interações entre a razão molar (óleo:etanol) e concentração de catalisador. Foi observado que, com menos gasto de energia e usando etanol como aceptor de acila, é possível obter maior rendimento em ésteres etílicos. A melhor condição para a transesterificação, foi em temperatura de 30º por 60 minutos, que promoveu conversão de óleo em ésteres etílicos de ácidos graxos (biodiesel) de 97,2%. Este trabalho recebeu prêmio de menção honrosa no Siicusp.