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Biocombustível

Etanol hidratado nas usinas de SP tem maior alta semanal em 5 anos e meio, diz Cepea

Entre 28 de setembro e 2 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq do hidratado subiu 12,3 por cento em relação à semana anterior, indo para 1,4600 real/litro (sem impostos).

Etanol hidratado nas usinas de SP tem maior alta semanal em 5 anos e meio, diz Cepea

O preço médio do etanol hidratado nas usinas do Estado de São Paulo teve a maior alta semanal em cinco anos e meio na semana passada, impulsionado pelo aumento do preço da gasolina e por chuvas que prejudicaram a moagem de cana em algumas áreas, informou nesta segunda-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

 Entre 28 de setembro e 2 de outubro, o Indicador Cepea/Esalq do hidratado subiu 12,3 por cento em relação à semana anterior, indo para 1,4600 real/litro (sem impostos).

 O indicador do anidro foi para 1,5765 real/litro, alta de 10,2 por cento na semana, a maior em quatro anos e meio.

 Com a alta da gasolina, de 6 por cento nas refinarias da Petrobras, anunciada na semana passada, o etanol hidratado ganhou espaço para subir –é vantagem para o motorista abastecer com o biocombustível se o valor na bomba for de até 70 por cento do preço da gasolina.

 Com a alta da gasolina e as interrupções de colheita pelas chuvas, compradores se apressaram em adquirir o combustível antes que se valorizasse ainda mais, disse o órgão da USP.

 Conforme levantamentos do Cepea, o volume de negócios de hidratado captado no mercado “spot” foi o quarto maior já registrado pelo Cepea em uma semana desde 2002.

 Na avaliação de alguns agentes do mercado, a expressiva valorização da última semana representa uma recuperação dos preços.

 “Isso porque a atual temporada tem sido caracterizada por ritmo de negócios mais acelerado em função da necessidade de venda e de capitalização de algumas usinas”, disse o centro, comentando as consequências das dificuldades financeiras do setor.

 Na média da parcial da safra 2015/16 (abril/setembro), porém, o hidratado no Estado de São Paulo (considerando-se os indicadores mensais) acumula baixa real de 6,1 por cento e o anidro, de 8,2 por cento, em relação à média do mesmo período da temporada anterior (valores deflacionados pelo IGP-M de setembro).