O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, diretores e técnicos anunciaram nesta segunda-feira (45), durante coletiva de imprensa, estudos para a produção de hidrogênio verde a partir da energia já produzida pela Usina de Itatinga e ainda medidas de segurança com o uso de drones.
O fato do Porto de Santos ser o único no mundo que tem sua própria usina hidrelétrica, possibilitou a APS considerar a possibilidade de gerar energia a partir do hidrogênio verde, produzido via eletrólise da água com energia de fontes renováveis.
A partir de instalação de um eletrolisador, junto à Usina de Itatinga, a APS teria condições de produzir o hidrogênio verde com a água abundante que tem à disposição, depois armazená-lo, transportá-lo por vários modais, inclusive dutos, até os consumidores, que seriam os terminais portuários, navios acostados no cais, além de empresas, indústrias e moradias da região. Há também a possibilidade de exportar o excedente.
O elevado custo para a produção do hidrogênio verde, na maioria dos projetos, seria minimizado no caso da APS pela existência da Usina Hidrelétrica de Itatinga, com potência instalada de 15 megawatts/hora, informou o presidente quando questionado pela imprensa. “Já temos a energia elétrica gerada sem queima de CO2”, comemorou.
A Toyota do Brasil também manifestou interesse em fazer parceria com Porto de Santos para viabilizar o hidrogênio verde, informou o superintendente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho, Sidney Aranha.
Em julho, o Porto movimentou 15,3 milhões de toneladas de mercadorias, registrando a melhor marca para esse mês e ficando 5,2% acima do apurado em julho do ano passado (14,5 milhões de toneladas). Esse desempenho elevou em 0,8% o movimento acumulado do ano, que soma 96,3 milhões de toneladas, também recorde para o período.
Mais uma vez as cargas do agronegócio lideram o crescimento, destacando-se a soja, com 2,1 milhões de toneladas em julho (+65,7%) e 26,7 milhões de toneladas no acumulado do ano (+16,3%); seguida pelo açúcar, com 2,2 milhões de toneladas no mês (+4,9%) e 10,4 milhões de toneladas nos 7 primeiros meses do ano (+4,9%).
O volume embarcado de milho no ano soma 4,3 milhões de toneladas, um crescimento de 3,7%. A expectativa é que esses embarques cresçam, ainda mais, tendo em vista a entrada neste segundo semestre da segunda safra dessa commodity.
O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, revela que a previsão é encerrar o ano com 18,8 milhões de toneladas de milho embarcadas, 28,4 milhões de toneladas de soja e 21,4 milhões de toneladas de açúcar.
“O ciclo do escoamento do milho no Porto de Santos é de julho a dezembro, intercalando com a safra de soja (1º semestre)”, explica Pomini. E acrescenta: “a infraestrutura para atendimento às safras agrícolas está em expansão no complexo portuário de Santos. Players multinacionais de alimentos vêm fazendo investimentos na capacidade do Porto para movimentação de grãos e o último deles foi a Cofco, com o STS11, que já está com obras de expansão em andamento e será o maior terminal para granéis vegetais do país”.