A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO) apresentou, na manhã desta quinta-feira, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) emenda ao Projeto de Lei nº 219/10, que dispõe sobre a política Nacional para os Biocombustíveis, acrescentando um dispositivo para incentivar a produção de etanol celulósico, também conhecido como etanol de segunda geração.
Segundo a senadora, na Itália está sendo construída a primeira usina para produção comercial de etanol celulósico, a expectativa é que o processo seja iniciado ainda em 2012. Diretiva da União Européia estabelece que em 2020 pelo menos 10% do combustível utilizado no Bloco deverá ser proveniente de fontes renováveis, criando assim um mercado de fato.
No Brasil, o bagaço e a palha da cana-de-açúcar representam volume significativo de biomassa que poderia ser utilizada para a produção desse tipo de etanol, que é por excelência um combustível de fonte renovável. Além disso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), já está trabalhando na avaliação de outras fontes, como gramíneas forrageiras, utilizadas na alimentação animal, sorgo e algumas espécies de árvores como pinus, eucalipto e duas espécies da Amazônia: tachi-branco e paricá.
Na opinião da senadora, incentivar a produção do etanol celulósico deve ser um dos objetivos da Política para os Biocombustíveis.”O Brasil tem tradição na produção agrícola e total condições para estar à frente desse mercado. A frota de veículos já está adaptada para uso de etanol. Além disso, o clima tropical favorece a produção da biomassa”, acrescentou Kátia Abreu.