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Biocombustível

Para exportar, Brasil ampliará em 66% a produção de etanol

Acordo de Paris prevê “descarbonizar” o mundo, e o produto brasileiro ganharia mercado lá fora.

Para exportar, Brasil ampliará em 66% a produção de etanol

O mercado brasileiro de etanol tem boas perspectivas para os próximos anos, segundo o presidente do Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos. O motivo foi o Acordo de Paris, assinado pelo governo brasileiro durante a 21ª Conferência Mundial sobre o Clima, em dezembro do ano passado, que visa aumentar a demanda pelo produto no mundo e, consequentemente, motivar os investimentos em produção. O Brasil vai ter que ampliar a produção de etanol nos próximos anos para chegar aos 50 bilhões de litros por ano até 2030. Hoje, a produção do combustível está na casa dos 30 bilhões de litros. Seria um aumento de 66%.

“É um esforço para descarbonizar o mundo. E o Brasil tem condições de ser protagonista nesse processo. Temos 15 anos para chegar nesse patamar”, ressaltou o presidente da Siamig. “No momento, a agenda está travada em razão das questões políticas. Só que vai ter que destravar em algum momento”, disse, durante evento de abertura de safra, que acontece pela primeira vez em Minas.

Para isso, será necessário um aumento na produção de cana-de-açúcar de 300 milhões de toneladas no país. “Levamos 500 anos para chegar aos atuais 680 milhões de toneladas”, observou. Logo, para conseguir alcançar esse objetivo, conforme Campos, é necessário investir em pesquisa, tecnologia e aumento de produtividade. Hoje, a produção média por hectare no Brasil está na casa dos 7,2 mil litros de etanol. Para conseguir os 20 bilhões a mais, teria que passar para o patamar de 13 mil litros por hectare. “Outra forma de conseguir mais etanol seria investir no produto de segunda geração, que é feito do bagaço e da palha da cana. Logo, numa mesma área é possível produzir uma quantidade maior de etanol”, diz