A biomassa, a partir do cultivo de microalgas, é a matéria-prima para produtos diversos como biocombustível, aditivo para ração animal, cosméticos e alimentos funcionais. Pesquisas de professores e estudantes do Centro de Ciências Agrárias (CCA) constatam a viabilidade da produção de biomassa.
O hoje estudante de pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em Bioenergia, do CCE, Helder Rodrigues da Silva, desenvolveu a pesquisa para o doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Agronomia do CCA. Ele estudou diferentes sistemas de cultivo de microalgas. A tese foi orientada pelo professor Cassio Cavenachi Prete, professor do Departamento de Agronomia.
Para a produção da biomassa, foram construídos tanques para o cultivo da microalga. Mesmo com a cobertura com lonas, havia a possibilidade de contaminação da cultura de microalgas, principalmente por passarinhos. Quando ocorre a contaminação dos tanques, a microalga precisa ser desprezada. “Um problema sério é a contaminação. Nas primeiras vezes, tivemos vários problemas, tivemos de descartar tudo e começar do zero”, diz o professor Cassio Prete.
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Por isso, o sistema de cultivo das microalgas foi alterado para os bolsões, mecanismos que reduzem a possibilidade de contaminação. Esse sistema ainda vai ser instalado e a previsão é até o final do primeiro semestre deste ano. “A montagem e a manutenção são um gargalo [por causa da falta de pessoal]”, afirma o professor, hoje aposentado que atua como colaborador.
Helder da Silva afirma que a otimização do meio de cultivo é uma estratégia para aumentar a produtividade. Ele explica que a produção da biomassa, por meio do cultivo de microalgas, pode ser feita em sistema de baixo custo.
Conforme os estudos, a produção de biomassa foi de dois gramas por litro em um ciclo de 21 dias, período de cultivo. O teor de óleo verificado no produto gerado pela microalga ficou entre 18 e 22%, o que revela alto potencial para a produção de biodiesel.
Apesar de não ter, no momento, sistema de cultivo de microalgas, a biomassa produzida em anos anteriores está armazenada e pode ser usada em outros experimentos. Inclusive é esse material que Helder utiliza no seu pós-doutoramento pelo Programa de Pós-Graduação em Bioenergia, do CCE.
