Joint venture entre Cosan e Shell, a Raízen acertou a contratação dos bancos BTG Pactual, Bank of America, Citi e Credit Suisse para a coordenação de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3, segundo a agência Reuters. A companhia, que faturou R$ 120 bilhões no exercício fiscal de 2020, havia começado a prospectar os potenciais coordenadores no início do mês, como informou na ocasião o Pipeline, site de negócios do Valor.
Espera-se no mercado que a abertura de capital levante em torno de R$ 13 bilhões. Uma das fontes disse à agência que a Raízen pode ser avaliada em mais de R$ 100 bilhões. Mais bancos ainda podem entrar na coordenação do IPO, que deve ser um dos maiores do ano. Procurados pela reportagem, Raízen, Citi e BTG preferiram não comentar. Bank of America e Credit Suisse não responderam.
Após a tentativa de abrir o capital da Compass, de gás e energia, travar por causa da deterioração das condições de mercado, a Raízen passou à frente da lista de IPOs que a Cosan pretende fazer de seus negócios. O plano amadureceu depois que a Raízen acertou a compra de sua concorrente no setor sucroalcooleiro Biosev, da Louis Dreyfus Company (LDC)
O negócio com a LDC – que ainda depende da concretização de condições precedentes relacionadas à Biosev – não apenas amplia a escala da Raízen como oferece aos investidores uma plataforma de atuação em energias renováveis, o que pode atrair interessados na agenda ambiental.
O controle da Raízen é dividido hoje igualmente entre Cosan e Shell. Para fechar a compra da Biosev, a companhia vai emitir ações preferenciais (sem direito a voto) aos seus acionistas.