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P&D

SGB e Embrapa formalizam parceria estratégica em pesquisa para desenvolver pinhão-manso no Brasil

Desde a sua fundação, em 1973, a Embrapa gerou quase nove mil tecnologias, produtos e serviços para a agricultura brasileira, em conjunto com as instituições que compõem o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária.

SGB e Embrapa formalizam parceria estratégica em pesquisa para desenvolver pinhão-manso no Brasil

A SGB, Inc. (SG Biofuels), e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) firmaram uma um acordo de pesquisa estratégica para promover o desenvolvimento do pinhão-manso como fonte alternativa de energia renovável no Brasil. Sediada em San Diego, nos Estados Unidos, a SGB é uma empresa de culturas energéticas que fornece soluções de alto desempenho para os mercados de energias renováveis, biomassa e produtos químicos. É líder em seu segmento e possui a maior e mais diversificada biblioteca de material genético de pinhão-manso do mundo. A companhia vem trabalhando no desenvolvimento dessa cultura há cinco anos, combinando plataformas de melhoramento e genômica.

“Ao agregar os nossos esforços às iniciativas de uma instituição do Governo Brasileiro que é líder mundial em pesquisa agrícola, temos o potencial de posicionar o Brasil como o país preferencial para o desenvolvimento e implantação do pinhão-manso como a cultura energética da nova geração”, disse Kirk Haney, presidente e CEO da SGB. “Estamos ansiosos para trabalhar com a Embrapa no desenvolvimento do pinhão-manso e por contar com os benefícios de sua notável experiência e inovação na agricultura brasileira.”

Desde a sua fundação, em 1973, a Embrapa gerou quase nove mil tecnologias, produtos e serviços para a agricultura brasileira, em conjunto com as instituições que compõem o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária. O trabalho permitiu a abertura de novas fronteiras agrícolas, a elevação da produtividade e a redução dos custos de produção no campo. Com isso, o Brasil melhorou a segurança alimentar, promovendo a conservação dos recursos naturais e do meio ambiente e gerando renda no campo.

A Embrapa, por meio de sua Unidade dedicada ao tema Agroenergia, situada em Brasília (DF), lidera uma rede com mais de 20 instituições de pesquisa brasileiras e mantém o maior banco ativo de germoplasma da oleagionosa do País. Os cientistas estão desenvolvendo estudos que vão desde a genética das espécies catalogadas até a produção dos biocombustíveis e o aproveitamento de coprodutos e resíduos. Avanços já foram obtidos no conhecimento sobre espaçamento de plantas, sistema de poda, produção de sementes, consórcio com outras culturas e controle de pragas e doenças. Na área de processos, os pesquisadores já estão obtendo resultados dos trabalhos para fabricação de biodiesel a partir do óleo e destoxificação da torta.

“Nós identificamos o pinhão-manso como uma espécie vegetal bastante promissora para a produção de óleo a ser utilizado na fabricação de biodiesel e biocombustível de aviação no Brasil”, disse Manoel Souza, chefe-geral da Embrapa Agroenergia. “Os primeiros esforços para implantar o pinhão-manso no País foram prejudicados pela falta de cultivares e sistemas de produção. Tentou-se avançar na escala de produção quando não tínhamos um pacote tecnológico pronto. Nós estamos confiantes de que a pesquisa em parceria com a SGB vai nos ajudar a superar mais rapidamente esses desafios.”

A SGB tem atuação global no desenvolvimento de culturas, mantendo plataformas de melhoramento e genômica de plantas, e ensaios na Guatemala, Brasil e Índia. Já produziu centenas de híbridos comerciais de pinhão-manso, que têm demonstrado alto desempenho em termos de vigor e saúde da planta, consistência no florescimento, tolerância ao estresse, quantidade de sementes e rendimento de óleo.

No Brasil, a empresa já implantou três Centros de Desenvolvimento JMax™: ensaios profissionalmente gerenciados por meio de desenho experimental e análise estatística para avaliar seus híbridos em uma série de condições ambientais e agronômicas. Os Centros servem como salas de aula ao ar livre em que agrônomos da SGB e equipes técnicas realizam visitas e treinamentos de campo com clientes e produtores, desenvolvendo estudos agronômicos específicos e recomendações para o melhor desempenho dos híbridos de pinhão-manso para desenvolvimento comercial. Os ??híbridos da SGB vêm sendo desenvolvidos em mais de cinco anos de pesquisa, a partir de uma diversificada biblioteca de germoplasma que inclui mais de 12.000 genótipos únicos.

A SGB estabeleceu recentemente um projeto com a Fiagril, um dos maiores produtores de biodiesel do Brasil com capacidade de produção de 203 millhões de litros por ano, em Lucas do Rio Verde, no Estado do Mato Grosso. Neste projeto, estão sendo avaliados híbridos de pinhão-manso e desenvolvidas as melhores práticas agronômicas visando à implementação de plantações em grande escala na região.

Outro Centro de Desenvolvimento JMax™ foi implantado no Mato Grosso do Sul em 2011, em uma iniciativa multidisciplinar que inclui a JETBIO, a Airbus, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Bioventures Brasil, a Air BP e a TAM Linhas Aéreas. Os Centros complementam outras localidades já estabelecidas na Guatemala e na Índia, bem como as sedes corporativas e de P&D da empresa em San Diego, na Califórnia.