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Biocombustível

Siamig participa da Expocigra/Fiemg para mostrar as vantagens da cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar é matéria prima para o país produzir em longa escala açúcar, álcool combustível e, mais recentemente, o biodiesel.

A ExpoCigra/Fiemg conta, pela segunda vez consecutiva, com a presença de estante da Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais). Em entrevista exclusiva à reportagem do Jornal de Uberaba, o presidente Mário Campos informou que a região do Triângulo Mineiro tem uma importância muito grande para o segmento. “Uberaba é o nosso principal polo, porque é onde existe a maior produção de cana, açúcar e etanol do Estado”, ressaltou Mário. Ele disse que participa da exposição com dois objetivos: mostrar aos uberabenses e visitantes o que o setor gera em emprego, desenvolvimento econômico e sustentabilidade na produção e desfazer os mitos envolvendo a cana-de-açúcar. “Atualmente, a colheita é praticamente toda mecanizada, ou seja, sem queima. Com exceção de poucos lugares, aos quais a máquina não chega”, destacou.

A cana-de-açúcar é matéria prima para o país produzir em longa escala açúcar, álcool combustível e, mais recentemente, o biodiesel. Em relação ao etanol, que é um combustível como a gasolina, o presidente explicou que a diferença dos dois é que o álcool tem origem vegetal. “Isso faz com que o etanol seja um combustível ‘limpo’, apesar de os veículos, seja a etanol ou gasolina, emitirem monóxido de carbono. A diferença é que o etanol é oriundo da cana (processo de fotossíntese), enquanto a gasolina é retirada do mar e terra (onde também é retirado o carbono), por isso, o último combustível polui muito mais o ambiente”, comentou.

Na iminência da realização da Conferência do Clima em Paris, quando diversos países do mundo vão colocar suas metas para os próximos anos em relação à redução de emissões, Mário garantiu que o Brasil tem uma condição “fantástica” para apresentar ao mundo, que é o etanol, que foi desenvolvido há 40 anos e, hoje, é um sucesso. “Existe uma frota de quase 70% capaz de usar o etanol no dia a dia, com uma potencialidade muito grande. Contudo, são necessários produção e consumo no país e isso só pode ser feito com incentivos. No caso da produção, primeiramente, não pode haver intervenção do governo federal, como vinha acontecendo, estabilizando o preço da gasolina, o que inviabilizou muitos empreendimentos”, contou Mário, explicando que, no total, 8 empresas foram fechadas nesse segmento.

Vitória

Conquista. Ao contrário do governo federal, o presidente destacou que conseguiram uma grande vitória com o governo de Minas Gerais. “Em março desse ano, o Estado anunciou a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços (ICMS) incidentes sobre os combustíveis limpos e renováveis de 19% para 14%, o que tornou o preço do etanol mais competitivo frente à gasolina, que tem alíquota de 29%. “Estamos batendo recorde de consumo. Os últimos dados apontam que foram 184 milhões de litros, o que representa mais de 200% de crescimento em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2015, estamos com 130% de crescimento, sendo consumido mais de 1 bilhão de litros de etanol. A última vez que isso aconteceu em Minas foi em 2009”, concluiu.