A usina Delta Biocombustíveis, localizada na BR-163, em Rio Brilhante foi habilitada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) a emitir 266, 6 mil créditos de descarbonização por ano.
Isto quer dizer que a indústria deixou de emitir mais de 200 toneladas de dióxido de carbono, o composto responsável pelo efeito estufa, e agora poderá vender este excedente para países que não estão conseguindo cumprir a meta de redução destes gases.
Para conseguir os créditos, a indústria precisa comprovar que está produzindo combustível com baixa emissão de gases do efeito estufa. Cada tonelada de CO2 (dióxido de carbono) que a fábrica deixa de lançar na atmosfera equivale a um crédito de descarbonização.
Esse crédito pode ser comercializado por meio de leilão para os países que não atingiram a meta de redução de gases do efeito estufa. As metas de cada país foram definidas após uma conferência realizada em Paris no ano de 2015 e que resultaram em um acordo global.
Metas nacionais – Neste acordo, o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025 em comparação com 2005 e em 43%, em 2030 também em comparação com os níveis de 2005. O cálculo já é realizado considerando o aumento da população e do PIB (Produto Interno Bruto).
Em 2017, foi instituída a Política Nacional de Biocombustíveis que trata, dentre outras coisas, sobre o crédito de descarbonização. Conforme informações da assessoria de imprensa, com a habilitação da ANP, a usina de Rio Brilhante passa a ser a 6ª maior emissora de créditos de descarbonização de biodiesel do País.
A usina tem capacidade para produzir até 600 mil litros de combustível limpo por dia. Ela começou a operar em 2010, no município que fica a 163 quilômetros de Campo Grande, e funciona em uma área de 70 mil metros quadrados. Outra unidade está localizada em Cuiabá (MT).