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Biocombustível

Venda de biocombustíveis no mercado brasileiro caiu 1,9% em 2015

As vendas de combustíveis no mercado brasileiro registraram queda de 1,9% em 2015, somando 141,811 bilhões de litros na comparação com o ano anterior, quando atingiram 144,541 bilhões de litros. Os dados foram divulgados na quarta-feira (02/03),

Venda de biocombustíveis no mercado brasileiro caiu 1,9% em 2015

As vendas de combustíveis no mercado brasileiro registraram queda de 1,9% em 2015, somando 141,811 bilhões de litros na comparação com o ano anterior, quando atingiram 144,541 bilhões de litros. Os dados foram divulgados na quarta-feira (02/03), no Rio, pelo superintendente adjunto de abastecimento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rubens Freitas, durante o 11º Seminário de Avaliação do Mercado de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis da ANP.

“Esperamos que seja um comportamento em função da própria queda da economia. Acredito que deve espelhar o que aconteceu ao longo de 2015”, afirmou o diretor da ANP, Waldyr Barroso, sobre a expectativa de vendas de combustíveis para este ano.

Etanol

Para o superintendente, a elevação pode ser freada se houver alta no consumo do etanol, classificado por ele como “a vedete de 2015”. O consumo de etanol hidratado registrou alta expressiva. Em 2014, foi de 12,994 bilhões de litros e, no ano seguinte, chegou a 17,863 bilhões de litros, com crescimento de 37,5%. O etanol total, que é a soma de etanol anidro (etanol misturado à gasolina) e etanol hidratado (etanol combustível), subiu de 24,085 bilhões de litros para 28,796 bilhões de litros, indicando alta de 19,6% em 2015, na comparação com 2014. “Em 2009, a gasolina se tornou o combustível alternativo no Brasil. O etanol vendeu mais que a gasolina”, disse.

Biodiesel

A elevação nas vendas de biodiesel ficou em 17,4%. Em 2014, foram vendidos 3,410 bilhões de litros, mas no ano seguinte as vendas atingiram 4,005 bilhões de litros. A explicação da ANP para a diferença, é que, enquanto em 2015 o teor de adição de biodiesel ao óleo diesel A foi de 7%, em 2014 começou em 5%, passando para 6% em julho, e em novembro para 7%.

O superintendente da ANP, Rubens Freitas informou que a venda de gás liquefeito de petróleo (GLP) teve uma queda de 1,2%, caindo de 13,410 bilhões de litros para 13,249 bilhões de litros. A redução no óleo combustível ficou em 20,4%, passando de 6,195 bilhões de litros para 4,932 bilhões de litros.

O gás natural veicular (GNV) apresentou redução de 2,8% do volume comercializado, passando de 4,960 milhões de m³/dia para 4,820 milhões de m³/dia. Houve redução na venda querosene de aviação (QAV) de 1,5%, de 7,470 bilhões de litros para 7,355 bilhões de litros.

Já a queda no consumo de asfalto ficou em 39,1%. Segundo Freitas, este segmento tem uma peculiaridade, que é o efeito eleição. Ele disse que nos anos de processo eleitoral, tradicionalmente, os números mostram maior consumo de asfalto. “Se compararmos o ano de 2015 com 2014, estaremos comparando um ano sem eleição com um ano de eleição. Uma segunda explicação muito importante é que ao tentar fazer um ajuste nas contas públicas, acabamos cortando, reduzindo ou adiando a manutenção de rodovias e tapa buracos. O asfalto acaba prejudicado”, destacou.

Freitas também adiantou que 2016 vai ser o ano do novo marco regulatório do GLP, para distribuição e revenda. “Já aconteceu a consulta, a audiência pública tanto para revenda quanto para distribuição. Temos ainda uma agenda muito interessante para 2016″, disse