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Meio Ambiente

43 CEOs pedem ação de governos para combate à mudança climática

Carta pretende ser uma iniciativa de líderes do setor privado para a criação de um ambiente propício para um acordo global e responsável em dezembro.

43 CEOs pedem ação de governos para combate à mudança climática

Um grupo de 43 CEOs de grandes companhias, presentes em 150 países e territórios e com receita combinada superior a US$ 1,2 trilhão em 2014, apresentou hoje uma carta aberta para que os governos nacionais cheguem a ações concretas para enfrentar as mudanças climáticas. A única empresa brasileira a aderir ao documento foi a GranBio, com a  assinatura de seu presidente Bernardo Gradin.

Intitulada “Open Letter from Global CEOs to World Leaders Urging Concrete Climate Action”, a carta pretende ser uma iniciativa de líderes do setor privado para a criação de um ambiente propício para um acordo global e responsável em dezembro, durante a conferência do clima das Nações Unidas em Paris, a CoP-21.

“A mudança do clima é um dos maiores desafios que moldará a maneira como fazemos negócio hoje e nas próximas décadas. A CoP-21 pretende entregar um novo acordo global que coloque o mundo na rota do baixo carbono. Esta coalizão acredita que o setor privado tem responsabilidade em engajar ativamente nos esforços de redução de CO2 e ajudar na transição para uma nova economia”.

Segundo o documento, a intenção da coalizão é catalizar ações de todos os setores da indústria no sentido de entregar soluções concretas para o clima e inovações em suas políticas e operações. “Como CEOs e lideranças climáticas, exortamos um acordo ambicioso na CoP-21, alinhado com as metas de desenvolvimento sustentável pós-2015”.

As empresas se comprometeram, no documento, a tomar ações voluntárias para reduzir sua pegada ambiental, determinar metas de redução de gás-estufa e/ou consumo de energia e colaborar com a cadeia de suprimento. Querem ainda agir com embaixadores climáticos, focando em oportunidades econômicas e na incorporação dos riscos climáticos nas tomadas de decisão empresariais.
Os executivos pedem ainda que os governos criem metas globais e nacionais baseadas em ciência para a redução de CO2 e o desenvolvimento de fontes alternativas de energia.

Entre as empresas signatárias estão Volvo, Unilever, Accenture, Ericsson, Dow Chemical, Solvay, Philips, Ikea, Marks & Spencer, HSBC,  Iberdrola, Royal DSM e a trading  asiática Wilmar.

“A entrada da GranBio no grupo está totalmente ligada à nossa essência de investir e criar soluções que substituam produtos de base fóssil por renováveis”, disse Gradin.