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Agricultores de MT esperam preços melhores e seguram a venda da soja

Volume negociado até agora é inferior ao que estava vendido em 2013. Pouco mais da metade da produção prevista foi vendida.

Agricultores de MT esperam preços melhores e seguram a venda da soja

Agricultores de Mato Grosso estão segurando a venda da soja, à espera de preços melhores. O volume negociado até agora é menor que o registrado no mesmo período do ano passado.

As máquinas se multiplicam aos poucos nos campos de Mato Grosso. A colheita da soja avança em bom ritmo e com o tempo ajudando, o trabalho está acelerado. Mais de 4% das lavouras já foram colhidas.

O agricultor Carlos Simon colheu 5% da plantação que cultivou em Lucas do Rio Verde, médio norte do estado. Agora, ele acompanha o desenvolvimento do restante da lavoura pensando no mercado. Boa parte da produção que ele espera colher foi vendida com antecedência.

O volume médio comercializado pelos agricultores em todo o estado é inferior ao que foi vendido por Carlos. De acordo com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária, o Imea, pouco mais da metade da produção prevista foi vendida até agora, cerca de 55%.

O montante é menor, inclusive, do que o que estava negociado nesta mesma época do ano passado, quando mais de 69% da produção estimada já tinha sido vendida. Segundo o analista de mercado de grãos do Imea, o pé no freio tem explicação. “Esse ano, a gente tem um preço menor. Se comparado à média que foi comercializada, está em torno de R$ 13 abaixo da safra passada e isso é um indicativo deste baixo índice de comercialização”, diz Angelo Ozelame.

Em dezembro, o preço alcançado na venda antecipada do grão em Mato Grosso ficou próximo a R$ 50, porém o preço médio é bem menor, considerando os valores praticados desde o mês de maio, quando a comercialização da safra começou a avançar e foi para R$ 44,47.

“O mercado, após o relatório do USDA, subiu um pouco. Então, lá em Chicago teve uma elevação, porém a pressão da safra que está começando a ser colhida no Brasil acaba derrubando os preços físicos, que estavam elevados até o final do ano passado”, diz Ozelame.