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Agricultores de MT reclamam que falta armazéns para estocar a safrinha

Queda na cotação do milho virou um problema para os agricultores. Falta armazém para estocar os grãos e aguardar reação do mercado.

Agricultores de MT reclamam que falta armazéns para estocar a safrinha

A produtividade do milho safrinha na lavoura de Márcio Tiope foi boa. Já na reta final da colheita, o agricultor está tirando 100 sacas por hectare na propriedade que fica em Sorriso, norte de Mato Grosso.

O problema está na hora de comercializar o grão, Márcio vendeu por R$ 10 a saca, valor R$ 2 abaixo do custo de produção.

Apesar de considerar os preços da saca do milho baixos, o agricultor Aleixo Morgem vendeu parte da produção por causa da dificuldade de estocagem. O restante ele vai guardar em um armazém particular e deve pagar um valor por saca estocada.

Em Mato Grosso, a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, tem 21 armazéns distribuídos em cinco municípios, como Sinop. Juntos, eles têm capacidade para armazenar aproximadamente 200 mil toneladas de grãos, mas em plena colheita de milho safrinha, muitos deles estão vazios porque os equipamentos de limpeza, secagem e movimentação de carga estão deteriorados.

Em Sinop há dois armazéns da Conab e um deles está vazio. O outro tem arroz de terceiros, que deve ser retirado até o mês de outubro. Construídos há quase 30 anos, a capacidade de cada unidade é de 13,8 mil toneladas.

Segundo o diretor de abastecimento da Conab, Marcelo Melo, a construção e reforma dos armazéns públicos devem começar no ano que vem e não só em Mato Grosso.

A Conab anunciou também que vai investir R$ 350 milhões na construção de 10 novos armazéns. Além disso, R$ 150 milhões serão destinados à modernização dos já existentes.