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Mercado Interno

Agropecuária pode faturar R$ 20,7 bi a menos com racionamento no Sudeste, estima GO Associados

A adoção de medidas de racionamento de água na região Sudeste do Brasil pode gerar uma perda de receita de até 5% para a agropecuária neste ano.

A adoção de medidas de racionamento de água na região Sudeste do Brasil pode gerar uma perda de receita de até 5% para a agropecuária neste ano. Consequentemente, o PIB – soma de todas as riquezas – do setor poderia cair 2%. A estimativa foi divulgada, nesta segunda-feira (23/2), pela consultoria GO Associados.

O relatório, assinado por Fábio Silveira e Rubens Santos, lembra que os sistemas de irrigação respondem por 72% do consumo total de água no Brasil. A proporção seria equivalente a um volume de 7,3 trilhões de litros. A produção animal (bovinos, suínos e aves) consome 1,1 trilhão de litros – 11% do consumo total.

Só na região Sudeste do país, informa o levantamento, o consumo de água está em 4,7 trilhões de litros anuais. A irrigação responde por 4,1 trilhões, ficando o restante (600 bilhões) a cargo da produção animal. O volume representa quase metade do total do país: 10,1 trilhões de litros. Entre as principais lavouras irrigadas na região, são mencionadas cana-de-açúcar, soja, milho, café, feijão e fruticultura.

Com base nesses números, o estudo conclui que, se um racionamento reduzir em 10% o consumo de água no Sudeste durante um ano, o faturamento da agropecuária na região poderia cair de R$ 207 bilhões para R$ 186,3 bilhões.

O impacto sobre o faturamento total do setor no Brasil seria de 5%. A receita total cairia para R$ 429,3 bilhões, com o consequente impacto negativo no Produto Interno Bruto setorial.