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Insumos

Anúncio de Plano Safra agora é positivo para o setor, diz executivo da AMA Brasil

Liberação antecipada ajuda produtores a começar fazer os investimentos necessários para o próximo período de plantio.

O diretor executivo da Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (Ama Brasil), Carlos Eduardo Florence, avaliou como positivo o anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 marcado para esta quarta-feira (04/05), pelo Ministério da Agricultura. “Lógico que tem o jogo político, mas temos que tomar cuidado e separar as questões. É positivo que o anúncio ocorra agora, porque no ano passado tivemos problemas muito sérios e o financiamento atrasou demais”, afirmou Florence.

Em 2015, o Ministério da Agricultura tornou público o Plano Safra 2015/2016 no começo de junho e foi criticado por não ter feito o anúncio antes. A demora levou a atrasos na aquisição de insumos para a safra que seria cultivada.

Algumas entidades do setor cogitam boicotar o evento de lançamento do Plano Safra. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade da qual a ministra Kátia Abreu é presidente licenciada, informou nesta semana que não vai à cerimônia nem enviará representantes. Nos bastidores, integrantes da confederação dizem que a decisão foi tomada porque o plano é considerado casuístico e as entidades do setor não foram consultadas. “A ministra Kátia Abreu é uma pessoa dedicada e muito competente. Não precisamos misturar as coisas”, complementou. 

Para Florence, existe grande possibilidade de as taxas de juros subsidiadas pelo governo aumentarem, já que a taxa Selic também subiu no período. Há rumores no setor, segundo o diretor executivo da Ama Brasil, de que o montante a ser ofertado também pode aumentar, acompanhando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), um dos índices que medem a inflação. “Com a inflação alta, a taxa de juros vai ser mais alta mesmo. Mas o pior dinheiro é o que não existe; mesmo caro, é melhor ter algum recurso”, disse Florence.

Outra vantagem da liberação antecipada, apontou, é que com ela os produtores poderão antecipar suas compras defertilizantes, o que evitaria problemas logísticos decorrentes da concentração das compras em um período mais curto.