As empresas brasileiras exportaram US$ 3,677 bilhões na terceira semana de março – entre os dias 16 e 22. O desempenho médio diário dos embarques brasileiros foi de US$ 735,4 milhões, valor 2,6% menor que o registrado no acumulado até a segunda semana do mês (US$ 755,4 milhões). Nessa comparação, foi observada diminuição das exportações de semimanufaturados (-5,7%) – em razão de açúcar em bruto, celulose, couros e peles, e ouro em forma semimanufaturada – e manufaturados (-4,6%) – principalmente automóveis de passageiros, autopeças, motores para veículos, açúcar refinado e tubos de ferro fundido. Já as exportações de produtos básicos cresceram 2,1%, puxadas por soja em grão, farelo de soja, carne de frango e suína, e algodão em bruto.
As importações brasileiras na terceira semana de março somaram US$ 3,876 bilhões, com média diária de US$ 775,2 milhões. Na mesma comparação feita com as exportações, foi registrado crescimento de 1,6% das importações, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, aparelhos eletroeletrônicos e veículos automóveis e partes. O saldo comercial na terceira semana de março ficou negativo em US$ 199 milhões.
Mês
No mês, as exportações somam US$ 11,231 bilhões e as importações, US$ 11,504 bilhões, o que representa um déficit de US$ 273 milhões.
A média diária das exportações em março – até a terceira semana – é de US$ 748,7 milhões, valor 19,3% menor que o verificado em março do ano passado (US$ 927,8 milhões). Nessa comparação, observa-se retração de 32% nos embarques básicos – especialmente minério de ferro, soja em grão, carne suína, de frango e bovina, e petróleo em bruto – e 8,2% nas vendas de manufaturados – por conta de aviões, açúcar refinado, máquinas para terraplanagem, autopeças, motores para veículos, motores e geradores e polímeros plásticos. Por outro lado, as exportações de produtos semimanufaturados acumulam crescimento de 4,2%, motivado, principalmente, por catodos de cobre, ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, ferro-ligas, madeira serrada e celulose.
Em relação a fevereiro deste ano, as exportações acumulam uma elevação de 11,5%, justificada pelo aumento nas vendas de produtos das três categorias: básicos (19,3%), manufaturados (7,4%) e semimanufaturados (1,7%).
No acumulado do mês, as importações apresentam média diária de US$ 766,9 milhões, desempenho 16,8% menor que o verificado em março do ano passado, US$ 921,6 milhões. Nesse comparativo, verificou-se redução nos desembarques de adubos e fertilizantes (-37,3%), veículos automóveis e partes (-28%), borracha e obras (-25,3%), equipamentos mecânicos (-23,8%), farmacêuticos (-22,3%), combustíveis e lubrificantes (-20,5%) e siderúrgicos (-20,1%).
Na comparação com fevereiro deste ano, a retração das importações – também pela média diária – é de 7,6%, justificada por combustíveis e lubrificantes (-30,4%), adubos e fertilizantes (-28,3%), plásticos e obras (-15,2%) e siderúrgicos (-12,8%).
Ano
No ano, as exportações totalizam US$ 37,027 bilhões e as importações, US$ 43,315 bilhões, com saldo negativo de US$ 6,288 bilhões.
Até a terceira semana de março (54 dias úteis), as exportações acumulam média diária de US$ 685,7 milhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando a média diária das exportações foi de US$ 803,3 milhões, houve a retração de 14,6%. As importações apresentam média diária de US$ 802,1 milhões, performance 12,5% menor que a registrada no mesmo período de 2014, quando a média diária das importações foi de US$ 917,1 milhões.
A corrente de comércio, no ano, soma US$ 80,342 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,487 bilhão. O valor é 13,5% menor que o verificado em 2014 (US$ 1,720 bilhão).