A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 296 milhões na terceira semana de maio (de 18 a 24). De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 25, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações somaram US$ 4,143 bilhões e as importações, US$ 3,847 bilhões no período.
Com isso, no acumulado de maio, o superávit comercial chegou a US$ 1,948 bilhão, resultado de exportações de US$ 12,843 bilhões e importações de US$ 10,895 bilhões. No ano, a balança comercial brasileira ainda acumula déficit, de US$ 3,118 bilhões, resultado de vendas externas de US$ 70,774 bilhões e importações de U$S 73,892 bilhões.
A média diária das exportações nas três primeiras semanas de maio foi de US$ 856,2 milhões, queda de 13,4% em comparação com a média diária de US$ 988,2 milhões de maio de 2014. De acordo com o MDIC, a retração se deu em razão da queda nas vendas externas de produtos básicos – recuo de 17,8%, de US$ 542,3 milhões para US$ 445,7 milhões, por conta principalmente de minério de ferro, carne bovina, de frango e suína, farelo de soja, café em grão e soja em grão.
Em manufaturados, houve baixa de 7,6%, de US$ 317,9 milhões para US$ 293,6 milhões, por conta de bombas e compressores, óleos combustíveis, máquinas para terraplenagem, motores e geradores, aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio, automóveis e autopeças. Já os embarques de semimanufaturados caíram 4,8%, de US$ 104,4 milhões para US$ 99,4 milhões, pelas quedas de celulose, couros e peles, ferro-ligas e óleo de soja em bruto.
Na comparação com abril deste ano, as exportações cresceram 13%, reflexo do aumento nas vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (15,7%, de US$ 85,9 milhões para US$ 99,4 milhões), básicos (18,1%, de US$ 377,4 milhões para US$ 445,7 milhões) e manufaturados (6,7%, de US$ 275,2 milhões para US$ 293,6 milhões).
Nas importações, a média diária das três primeiras semanas de maio foi de US$ 726,3 milhões, 23,9% abaixo da média registrada no mesmo período do ano passado (US$ 954,3 milhões). Caíram os gastos com combustíveis e lubrificantes (-42,0%), adubos e fertilizantes (-40,7%), siderúrgicos (-30,9%), veículos automóveis e partes (-30,3%), equipamentos mecânicos (-20,5%) e instrumentos de ótica/precisão (-20,3%).
Em relação a abril, houve queda de 0,9%, resultado da redução na compra de siderúrgicos (-24,4%), equipamentos mecânicos (-13,5%), veículos automóveis e partes (-12,3%), plásticos e obras (-8,8%), instrumentos de ótica/precisão (-7,2%) e aparelhos eletroeletrônicos (-2,6%).