Aumentar a competitividade por meio da maior eficiência energética e da melhoria dos custos de energia. Esse é o objetivo da BASF, empresa química mundial, com o Triple E (Excellence in Energy Efficiency), lançado em dezembro de 2015, na América do Sul.
O projeto está alinhado ao conceito global de excelência na gestão de energia da BASF, além de contribuir para as metas ambientais da empresa. A iniciativa será implantada em algumas das fábricas do grupo BASF na região, priorizando as que apresentam maior consumo de energia primária.
“O primeiro passo para a concepção do Triple E foi a criação de um time multifuncional para gestão das ações, que tem como missão avaliar oportunidades e fomentar melhorias nas práticas para a gestão de energia nos processos. Entre as medidas a serem adotadas, está a norma internacional ISO 50001, que auxilia as empresas a estabelecer práticas mais eficientes e modernas no uso desse recurso”, explica Patrick Silva, Diretor de Infraestrutura da BASF para América do Sul e do Complexo Químico de Guaratinguetá.
O Triple E foi iniciado no Complexo Químico de Guaratinguetá (interior de São Paulo). Posteriormente, a iniciativa será estendida para as unidades Demarchi (São Bernardo do Campo/SP), Camaçari (Bahia) e Concón (Chile).
“Já há projetos em andamento dirigidos para a redução do consumo de energia em nossas operações. Além disso, estamos realizando benchmarks com empresas do setor e capacitando nossos colaboradores em relação à ISO 50001, com o intuito de obter os melhores resultados de nossos esforços”, ressalta.
Todo o processo está sendo realizado com o apoio de um grupo de estudos de eficiência energética da UNESP (Universidade Estadual Paulista). “Essa parceria tem um papel fundamental no processo, pois, por meio desse apoio técnico-científico, temos suporte na análise, desenvolvimento e implementação das ações de eficiência energética em nossos processos”, completa.
“A integração entre Empresa e Universidade é uma atividade que é pouco viabilizada no Brasil. Essa iniciativa da BASF propicia ganhos importantes para a quebra de paradigmas e permite que ambos os lados ganhem em conhecimento e capacitação técnica”, reforça o Professor Doutor Pedro Magalhães Sobrinho, Coordenador do Laboratório de Eficientização Eletromotriz do Departamento de Energia da UNESP – Campus de Guaratinguetá.
Outro ponto importante do projeto é a sensibilização dos colaboradores quanto à necessidade de redução do consumo de energia, tanto no ambiente fabril como doméstico. “Sem dúvida, o maior potencial de aumento da eficiência energética virá de soluções técnicas. No entanto, a redução do consumo de energia também depende da conscientização e esforço de todos os colaboradores”, conclui Patrick.