A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) destaca a importância das energias renováveis e das soluções de eficiência para reverter o aumento da temperatura global, citando a biomassa sustentável e o hidrogênio verde como opções viáveis. No Brasil, a cogeração de bioeletricidade a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar é a principal fonte de energia renovável, contribuindo para uma matriz elétrica mais equilibrada e economizando água nos reservatórios das hidrelétricas.
Com a previsão de crescimento na moagem de cana-de-açúcar em 2023/24, a capacidade de cogeração de energia do país pode aumentar entre 400 MW e 500 MW, impulsionando ainda mais a produção de bioeletricidade. No ciclo 2023/24, estima-se que as usinas sucroenergéticas sejam responsáveis por 72% da produção total de bioeletricidade à rede. A biomassa brasileira tem potencial para gerar até 151 mil GWh de bioeletricidade, o que poderia atender mais de 30% do consumo de energia no Sistema Integrado Nacional (SIN).
Os investimentos globais em tecnologias de transição energética estão aumentando, mas para cumprir as metas climáticas, a IRENA destaca a necessidade de alcançar US$ 5 trilhões ao ano em investimentos, incluindo a expansão de energias renováveis como a biomassa, biogás e biometano.
A cogeração de bioeletricidade a partir da biomassa de cana-de-açúcar se mostra como uma alternativa promissora para a diversificação e expansão das energias renováveis no Brasil, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para o cumprimento dos compromissos do Acordo de Paris.