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Eólica

BNDES aprova R$ 1 bilhão para projetos de energia eólica

Empreendimentos no CE, RN e RS terão, juntos, potencial de 480 MW.A previsão é que sejam gerados 7,6 mil empregos diretos e indiretos.

BNDES aprova R$ 1 bilhão para projetos de energia eólica

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social informou, nesta quarta-feira (09), que aprovou um valor total de R$ 1,07 bilhão para projetos em três complexos de energia eólica. As operações serão nos estados do Rio Grande do Sul, Ceará e Rio Grande do Norte.

De acordo com a entidade, os empreendimentos devem gerar 7,6 mil empregos diretos e indiretos na construção e operação. Juntos, os projetos têm potencial de 480 Megawatts (MW), afirmou o banco.

Serão oferecidos financiamentos de longo para o Complexo de Itarema, no Ceará, e para o Complexo VamCruz, em Serra do Mel, no Rio Grande do Norte, com valores de 652,5 milhões e R$ 273 milhões, respectivamente. Os dois projetos estão enquadrados na modalidade “project finance”, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Cada parque é uma sociedade de propósito específico (SPE), atendendo ao especificado na linha BNDES Project Finance. Para cada uma foi feita uma operação nessa modalidade, em que o pagamento é calculado com base no fluxo de caixa das empresas”, explicou, em nota.

O banco explicou que “todas as SPEs pertencem à Itarema Geração de Energia S.A., controlada integralmente pela Rio Energy Fundo de Investimento, braço para investimento em energias renováveis da Denham Capital, gestora de private equity sediada nos EUA”.

O BNDES também aprovou um empréstimo-ponte no valor de R$ 144,9 milhões para a implantação de 12 usinas eólicas e o sistema de transmissão do Complexo de Hermenegildo, nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, no Rio do Grande do Sul.

Ceará

O empreendimento de Itarema terá potencial instalado de 207 MW, e será composto de 9 parques eólicos, que serão construídos em duas fases, informou o BNDES. “A primeira, com quatro parques, entra em operação em fevereiro e a segunda, com cinco, em setembro de 2016”.

É prevista a criação de 2,4 mil postos de trabalho diretos e 2,5 mil indiretos em sua construção. Ainda segundo o banco, o empréstimo prevê ainda R$ 3,5 milhões que serão destinados a projetos sociais, ainda não definidos, no entorno da instalção.

Rio Grande no Norte
Para a construção do Complexo Vamcruz, que é controlado por uma holding dona de quatro parques eólicos, e que leva o mesmo nome, devem ser criados 60 empregos diretos e 602 indiretos, e devem gerar 93 MW, segundo estimativa do BNDES.

“A holding é formada pelas Centrais Hidroelétricas do São Francisco (Chesf), que tem 49%, pelo francês Grupo Voltalia, que tem 25,6%, e pela Encalso Construções Ltda, do Ceará, com 25,4%”, informou.

Do total de 273 milhões de reais aprovados, R$ 3 milhões devem ser usados em iniciativas sociais no entorno da instalação, ressaltou o banco.

“Uma parcela desses recursos apoiará a expansão de projeto de abastecimento de água para consumo humano e agricultura de subsistência na zona rural dos municípios de Areia Branca e Serra do Mel, realizado com apoio da Embrapa”.

Rio Grande do Sul
Ainda de acordo com o BNDES, serão gerados 700 empregos diretos e 1.200 indiretos durante a construção do projeto do Rio Grande do Sul. Após completar a instalação, serão 50 diretor e 100 indiretos.

A entidade ressaltou que o empréstimo-ponte tem o objetivo de acelerar a realização de investimentos por meio da concessão de recursos no período de estruturação da operação a longo prazo, e que os contratos são reajustados anualmente pela inflação oficial do país, calculada pelo Indice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os pedidos foram apresentados pelas quatro sociedades de propósito específico constituídas pela Eletrosul em associação com a Renobrax para construir e operar as usinas, que terão potencial de 180,79 MW e utilizarão 101 equipamentos cadastrados seguindo os critérios da Nova Metodologia de Credenciamento de Aerogeradores, lançada pelo BNDES em dezembro de 2012.