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Economia

Brasil ganha força com diversificação

Grandes tradings globais estão entre as maiores empresas de agronegócios do país, onde estão entre as principais exportadoras.

Brasil ganha força com diversificação

Maiores comercializadoras de commodities agrícolas do mundo, as quatro tradings multinacionais que formam o grupo “ABCD” há quase duas décadas estão entre as maiores empresas de agronegócios que atuam no Brasil e ocupam posições de destaque no ranking das maiores exportadoras do país. E neste ano, em larga medida graças à recuperação da colheita de grãos e ao aumento da produção sucroalcooleira, os embarques das quatro a partir dos portos brasileiros estão em expansão, de acordo com os dados mais recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento.

Após os crescimentos registrados em agosto, as exportações das subsidiárias locais do quarteto somaram US$ 15,307 bilhões nos primeiros oito meses de 2013, 16% a mais que em igual intervalo do ano passado (US$ 13,194 bilhões). No período, as exportações do país foram encabeçadas por Vale (US$ 16,453 bilhões) e Petrobras (US$ 7,767 bilhões), mas a Bunge manteve a terceira posição e foi seguida por Cargill, em quarto, e ADM, em quinto. A Louis Dreyfus Commodities aparece na sétima colocação do ranking, atrás de outra empresa do setor de agronegócios, a BRF.
 
Os embarques da Bunge, cuja receita líquida no Brasil alcançou R$ 38,4 bilhões em 2012, conforme dados do anuário “Valor 1000”, renderam US$ 5,370 bilhões de janeiro a agosto, um aumento de 17,3% em relação aos oito primeiros meses do ano passado. No caso da Cargill (receita líquida brasileira de R$ 24,2 bilhões em 2012), o aumento da mesma comparação foi de 13,8%, para US$ 3,530 bilhões, enquanto no da ADM, que mantém em sigilo sua receita no país, a alta foi de 16,9%, para US$ 3,453 bilhões. Já a Louis Dreyfus Commodities (receita líquida de R$ 11,3 bilhões no Brasil em 2012) viu seus embarques subirem 15,5% e atingirem US$ 2,954 bilhões.

Nas estratégias de diversificação e verticalização das grandes tradings, o Brasil tem se mostrado fundamental. Se já era um dos principais polos globais de produção que alimentavam a comercialização de commodities agrícolas como soja, milho, açúcar, café, algodão, suco de laranja e cacau dessas empresas, o país também é considerado atraente para o plantio e a agregação de valor de algumas culturas, apesar dos gargalos estruturais que resultam no chamado “Custo Brasil”.