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Brasil já negociou 37% da safra de soja 15/16 antecipadamente, diz AgRural

O plantio de soja está em andamento no Brasil, estando mais avançado no Paraná. Em Mato Grosso, registra ligeiro atraso por conta da escassez de chuvas, entre outros fatores.

Brasil já negociou 37% da safra de soja 15/16 antecipadamente, diz AgRural

As vendas antecipadas de soja do Brasil da temporada 2015/16 avançaram para 37 por cento da colheita projetada até o final de setembro, com o dólar forte frente ao real dando fôlego aos negócios da safra que será colhida a partir do início do próximo ano, informou a consultoria AgRural na sexta-feira.

O índice de setembro representa um avanço de sete pontos percentuais ante o total do final de agosto. Na mesma época do ano passado, produtores tinham vendido apenas 13 por cento da safra esperada, segundo a AgRural.

“A comercialização da safra 2015/16 de soja ganhou fôlego extra em setembro. Com a forte alta do dólar, os preços em reais se descolaram ainda mais de Chicago e muitos produtores aproveitaram para negociar”, afirmou a consultoria em nota.

O plantio de soja está em andamento no Brasil, estando mais avançado no Paraná. Em Mato Grosso, registra ligeiro atraso por conta da escassez de chuvas, entre outros fatores.

A safra do Brasil está prevista em 99,5 milhões de toneladas, segundo pesquisa da Reuters.

No Centro-Oeste brasileiro, produtores já comercializaram 42 por cento da safra, ante 33 por cento em agosto e 15 por cento em setembro do ano passado.

“Após um mês de agosto sem grande movimentação, os negócios recuperaram o ritmo no Centro-Oeste e evoluíram nove pontos… O avanço só não foi maior porque os preços em dólar, moeda na qual parte da safra é negociada, não agradam os produtores”, afirmou a consultoria.

Em Mato Grosso, as vendas em dólar continuam fracas, mas em reais a movimentação foi grande, acrescentou. Em Sorriso (MT), o preço médio de setembro em reais ficou em 62,45 reais a saca, com alta mensal de 5 por cento, enquanto o preço médio em dólar caiu 3 por cento.

No Sul, o índice de vendas chegou a 29 por cento, contra 7 por cento há um ano.

“A evolução mensal, de cinco pontos, não foi maior porque os produtores estão capitalizados após a excelente safra 2014/15 e ainda esperam novas altas do dólar”, disse a AgRural.

Além disso, pesa também a falta de costume na região de antecipar muito as vendas, segundo a consultoria.