A área plantada no Brasil já virou clichê nos artigos, apresentações e teses sobre o setor florestal. Cerca de 9 milhões de hectares, sendo a maior parte destes ocupados com Eucalyptus para fins energéticos. Contudo este número não expressa, para além do corpo técnico que administra este patrimônio, a grandeza do setor.
De acordo com estudo realizado pela Consufor no segundo trimestre desde ano, o Brasil atualmente conta um ativo florestal, considerando apenas os gêneros Pinus e Eucalyptus, da ordem de R$65 Bilhões. Deste montante, certa de 53% (35 bilhões) e 26% correspondem a florestas cultivadas na região sul e sudeste do País, respectivamente, apesar da colocação inversa na área plantada (da área total plantada no Brasil cerca de 41% no sudeste e 25% no sul.
O principal fator explicativo desta concentração de valor dos ativos é o Gênero cultivado. Na região sul predomina o cultivo de Pinus, enquanto nas demais regiões o Eucalyptus é predominante, quando não representa a totalidade da área plantada. Sendo o Eucalyptus destinado, quase que exclusivamente, a produção de celulose, carvão vegetal e biomassa os regimes de manejo adotados para sua produção contemplam ciclo curto e focado no volume total, desconsiderando classes decamétricas de toras.
Por outro lado, o Pinus mesmo quando cultivado para abastecimento de plantas de celulose onde o consumo é de toras de menor diâmetro, é manejado em ciclos mais longos, geralmente entre 15 e 25 anos, e deste modo produz toras de maior diâmetro que são adquiridas pelos segmentos de serrado e laminados por preços muito superiores aos praticados pelos toretes destinados a energia e processo (celulose, MDF, OSB, outros).
Esta produção adiciona um valor significativamente maior às florestas de Pinus, mesmo que demande mais tempo para atingir seu ponto de colheita, de modo que representando apenas 23% do total de área total plantada, corresponde a cerca de 43% do valor total doa ativos biológicos (mais de 28 Bilhões).