A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou nesta segunda-feira (04.08) suas propostas e demandas para o novo governo federal, a ser eleito neste ano. O documento “O que esperamos do próximo presidente 2015-2018”, será oficialmente entregue aos presidenciáveis em encontro promovido pela entidade nesta quarta-feira (06.08).
As “aspirações” da CNA foram organizadas em torno dos eixos principais “Políticas Públicas”, “Competitividade”, “Relações do Trabalho”, “Segurança Jurídica”, “Meio Ambiente” e “Educação e Assistência Técnica”. Em uma “Carta aberta aos candidatos à presidência da República”, a entidade afirma que “as eleições são a oportunidade que o calendário democrático oferece para que o país se renove, rediscuta sua agenda e reveja suas carências e desafios”.
“Essa tarefa não é apenas dos partidos e candidatos, senão de toda a sociedade, sobretudo dos setores que dentro dela exercem liderança. O setor rural, que tem sido há décadas vetor do desenvolvimento econômico do país, não poderia se ausentar. Por isso, como já o fez em outras eleições, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) dirige-se aos candidatos à Presidência da República para oferecer um panorama detalhado das realizações e aspirações do setor rural, de modo a contribuir para a construção de uma agenda que favoreça o desenvolvimento nacional”, afirma o documento, assinado pelo presidente da Confederação, João Martins da Silva Júnior.
Confira abaixo as propostas da CNA para Políticas Pública relacionadas ao Agronegócio:
“O QUE ESPERAMOS DO PRÓXIMO PRESIDENTE?
Apresentação, em 2015, de um plano agrícola plurianual, contemplando metas e diretrizes de ação até 2020 e tendo, como objetivos maiores, a proteção da renda contra a volatilidade de preços, a utilização de métodos sustentáveis de produção, a capacitação do produtor e a disseminação de novas tecnologias.
Encaminhamento ao Legislativo, até o final de 2015, de uma proposta de revisão da legislação da política agrícola brasileira, elaborada em conjunto com o setor produtivo, atualizando-a ao nível atual de complexidade das relações do agronegócio e dando-lhe caráter de Política de Estado
Ampliação de instrumentos de gerenciamento de riscos na agropecuária que assegurem rentabilidade compatível com a de outros setores da economia, conforme previsto na Lei 8.171/1991
Política agrícola diferenciada para as regiões Norte e Nordeste; para os produtores que enfrentam a concorrência de produtos oriundos do Mercosul; para os médios produtores; para a produção de etanol, biocombustíveis e energia a partir de biomassa ou resíduos de produção agropecuária”