O dólar voltou a subir ante o real nesta segunda-feira e não só devolveu toda a queda da sessão anterior como renovou a máxima de fechamento em mais de quatro anos, acima de R$ 2,30. Saídas de recursos pela conta financeira, combinadas com uma nova rodada de aumento de posições compradas de estrangeiros no mercado futuro, resultaram na valorização da divisa americana no plano doméstico, movimento que levou o real a registrar o pior desempenho ante o dólar considerando as principais divisas.
A baixa volatilidade ao longo da jornada, no entanto, contribuiu para que o Banco Central se mantivesse “fora” do mercado. A autoridade monetária não anunciou leilões de swap cambial, na sessão seguinte à que vendeu US$ 1,75 bilhão por meio desses papéis.
De modo geral, profissionais avaliam que, levando em conta os fundamentos, o mercado segue sem estímulo para vender dólares ou interromper o aumento das posições compradas. Pelos últimos dados da BM&F, os investidores estrangeiros ampliaram entre quinta e sexta sua posição comprada em dólar – que ganha com a alta da moeda americana – a US$ 13,65 bilhões, considerando contratos de dólar futuro e cupom cambial da BM&F. É o maior nível desde 3 de março de 2009, quando essa posição somou US$ 13,97 bilhões.
No fechamento, o dólar comercial subiu 0,66%, para R$ 2,303. É o maior nível de encerramento desde 31 de março de 2009, quando, ao término dos negócios, o dólar foi cotado a R$ 2,318.
Na máxima de hoje, a moeda americana foi a R$ 2,307 (+0,83%). Na mínima, a cotação ficou em R$ 2,288, estável ante sexta-feira.
A Ptax, taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de derivativos cambiais, terminou hoje em alta de 0,34%, para R$ 2,301.
No mercado futuro, onde as operações terminam às 18h, o dólar para setembro avançava 0,58% às 17h32, para R$ 2,3175.