A Companhia Paranaense de Gás (Compagas) se uniu ao Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) para conduzir projetos que visam consolidar a cadeia produtiva do biogás e do biometano no Paraná. O termo de cooperação, que marca o início do trabalho em conjunto, foi assinando essa semana pelo diretores-presidentes da Compagas, Fernando Ghignone, e do CIBiogás, Rodrigo Regis de Almeida Galvão.
De acordo com Ghignone, esta é uma oportunidade de dar uma destinação final adequada aos dejetos e resíduos. “Nosso objetivo é contribuir com o desenvolvimento do Estado e estes projetos possibilitarão uma evolução socioambiental com o uso destes resíduos como fonte de energia”, destaca.
Para Almeida Galvão, “o objetivo é dar condições de competitividade para o agronegócio, reduzindo os custos energéticos dos produtores rurais, e através do biogás e do biometano esta missão torna-se realidade”.
Atualmente, cerca de 12 projetos comprovam a viabilidade técnica e econômica do biogás. Eles estão instalados em pequenas e médias propriedades rurais, cooperativas, granjas e empresas da Região Oeste do Paraná. O biogás pode ser transformado em energia térmica, elétrica, veicular e em biofertilizante.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Agide Meneguette, destacou que os primeiros estudos foram iniciados há cerca de 20 anos. “As parcerias que se firmam agora são importantes para concretizar os projetos que vêm sendo estudados e aprimorados ao longo destes anos”. O Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB), Norberto Ortigara, completou apontando a necessidade da parceria para estudos completos de viabilidade e economia para um aproveitamento total da matéria e uma utilização técnica-racional dos dejetos como fonte de energia.
Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, “os projetos de biogás e biometano irão contribuir na geração de renda para o produtor, mas também auxiliarão no processo de conservação do solo”.
Atentos aos desenvolvimento – Um dos principais projetos na região está sendo conduzido pela Copel, em parceria com a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná. O biogás produzido na rede de biodigestores será filtrado em uma refinaria para se transformar em biometano e este será canalizado para uma Minicentral Termelétrica (MCT) com capacidade total de 480 kW.
O projeto é inovador no sentido de agrupar pequenas unidades produtoras em torno de uma grande central de aproveitamento energético de biogás, o que possibilita ganho de escala no custo de geração. Marcos Pessoa, da Copel, adiantou que o lançamento do programa está previsto para junho e será um avanço para a agricultura local.