Em uma fazenda, em Dourados, sul de Mato Grosso do Sul, as máquinas trabalham o dia inteiro. O agricultor Ademir Toniato já colheu metade de área de 700 hectares e está satisfeito com a produtividade média que, por enquanto, chega a 120 sacas por hectare. “O desenvolvimento da planta foi normal, as chuvas vieram na hora certa e a produção está sendo muito boa”, diz.
Neste ciclo, a produção do milho safrinha deve chegar a 6,4 milhões de toneladas, 5% a mais na comparação com a safra passada. Se confirmada, será uma produção histórica, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento, situação que coloca o cereal como a principal cultura do estado em volume de produção.
Com o aumento na safra, o preço caiu. A saca de 60 quilos está sendo vendida por R$ 17 na região, 20% menos que há um ano. Com os valores menores, o produtor precisa ficar de olho na qualidade do grão, para não ter descontos na hora de comercializar.
Este é o caso do agricultor José Boniatti, que tem 700 hectares em Dourados. Ele começou a colher o grão agora e diz que vai retirar o produto das lavouras aos poucos, para garantir que o grão esteja mais seco e com mais qualidade. “Não precisa ter pressa porque a previsão do tempo não aponta chuva até o fim do mês, então temos que colher com menos umidade para ter menos descontos na descarga”, diz.
Até agora, de acordo com a Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul, 13% da área destinada ao milho foi colhida.