A consultoria Safras & Mercado cortou em 6,2% sua estimativa para a produção brasileira de soja nesta temporada, para 86,14 milhões de toneladas. No último relatório, divulgado em 24 de janeiro, a expectativa apontava uma colheita de 91,81 milhões de toneladas. Se comprovado o número, isso representará um avanço de 5% na produção nacional em relação à temporada 2012/13.
Segundo comunicado, os efeitos do clima fizeram a consultoria cortar sua projeção. O Mato Grosso deverá seguir líder no ranking de produção nacional, com safra estimada em 26,72 milhões de toneladas, representando um crescimento de 13% sobre as 23,6 milhões de toneladas obtidas em 2012/13. Entretanto, o excesso de chuvas fez com que a estimativa fosse revista. No último relatório, a safra no Estado estava projetada em 27,55 milhões de toneladas.
No Paraná, o corte foi mais profundo. Na divulgação desta sexta-feira, a consultoria indica uma colheita de 14,72 milhões de toneladas para 2013/14, que seria 8% inferior à do ano passado. No fim de janeiro, a aposta era de 16,47 milhões de toneladas. “Neste caso, os prejuízos foram causados pela forte estiagem que atingiu as lavouras entre o fim de janeiro e boa parte de fevereiro”, diz o comunicado.
O clima seco também deverá afetar a produção gaúcha. A estimativa da Safras é que os produtores daquele Estado colham 12,61 milhões de toneladas, praticamente repetindo a safra anterior. Em janeiro, a projeção era de uma safra de 13,82 milhões de toneladas.
Houve corte também na estimativa de outros Estados. Em Goiás, a previsão passou de 9,36 milhões para 8,59 milhões de toneladas. No Mato Grosso do Sul, a estimativa foi reduzida de 6,13 milhões para 6,05 milhões. Em Minas Gerais, a projeção baixou de 3,7 milhões para 3,48 milhões de toneladas. Em São Paulo, a perspectiva é que a safra fique em 1,79 milhão. O número anterior era de 2,21 milhões de toneladas.
Ainda segundo a Safras & Mercado, as exportações de soja do Brasil deverão totalizar 46 milhões de toneladas em 2014, com avanço de 7% sobre o ano anterior. O esmagamento deverá subir 4%,para 37 milhões de toneladas.
A oferta total de soja deverá subir 6% na temporada, passando para 87,64 milhões de toneladas. A demanda total está projetada pela consultoria em 86,05 milhões de toneladas, com incremento de 6% na comparação entre os ciclos. Desta forma, os estoques finais deverão subir 14%, para 1,59 milhão de toneladas.
A estimativa de produção de farelo de soja é de 28,49 milhões de toneladas, com aumento de 4% em relação à safra anterior. As exportações deverão subir 3% para 14 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 14,5 milhões, com elevação de 3%. Os estoques deverão cair 3%, para 307 mil toneladas.
A produção de óleo de soja deverá crescer 4% segundo a consultoria, atingindo 7,05 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,25 milhão de toneladas, com queda de 11%. A previsão é que 2,1 milhões de toneladas sejam disponibilizadas para a fabricação de biodiesel, com aumento de 5%. O consumo interno deve crescer 5% para 5,76 milhões, contando o uso para o biocombustível. A previsão é de avanço de 32% nos estoques para 166 mil toneladas.