A cooperativa agroindustrial C.Vale fechou acordo com a Engie Brasil Energia para compra de certificados de energia renovável que irão neutralizar 100% de suas emissões de gases de efeito estufa de escopo 2 (indiretas, provenientes da energia elétrica consumida) realizadas em 2023 e 2024.
O negócio, que não teve valor informado, prevê a neutralização das emissões de 189 unidades de negócios da C.Vale, incluindo um complexo agroindustrial com fábricas de rações, matrizeiros de aves e de alevinos, incubatório, abatedouros de frangos e de peixes e indústria de termoprocessados.
Os certificados renováveis, mais conhecidos como “I-RECs”, serão emitidos pela Engie a partir da usina hidrelétrica São Salvador, localizada no Rio Tocantins.
A hidrelétrica, além de produzir energia renovável, também realiza investimento anual em programas socioambientais da região, o que também é um dos critérios diferenciais para a certificação dos I-RECs no mercado brasileiro.
A operação está alinhada aos planos da C.Vale de acelerar iniciativas da agenda socioambiental, com ações que passaram a ser cobradas pelo “cidadão-consumidor consciente”, disse o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, em nota.
Segunda maior cooperativa agroindustrial do país, com faturamento anual de 22,6 bilhões de reais e mais de 26 mil associados, a C.Vale já tinha a Engie como fornecedora de energia renovável desde 2019, com contratos de longo prazo fechados no âmbito do ambiente de contratação livre.
O mercado brasileiro de certificados de energia renovável vem crescendo, em meio à preocupação cada vez maior das empresas em limpar seu consumo de energia elétrica. A expectativa é que o volume transacionado praticamente dobre neste ano, alcançando de 45 milhões a 50 milhões de I-RECs, com apostas de empresas como Vibra e Auren Energia.
Ao todo, a Engie Brasil comercializou 10 mil gigawatts-hora (GWh) de certificados renováveis entre 2021 e 2022. No primeiro trimestre deste ano, as transações somaram 700 GWh.